segunda-feira, 11 de maio de 2009

A crise globalizada da incerteza

A crise decorre do fato da velocidade com que se processa o progresso da humanidade em todos os setores de atividades, como um turbilhão à nossa volta, de maneira que, fixos num fulcro, em um lapso monstruoso do tempo, vivemos num vislumbre de tempo que, anormal, se nos antecipa o futuro, deixando ele próprio, o futuro, de ser algo para a frente nos acontecimentos tão turbilhonantes que nos furta nosso próprio sentido de realidade. Não há tempo útil, qualquer ação perde o sentido de realidade como a recebemos, e todas as coisas e acontecimentos passam ao nível puro e simples do meramente acidental. Não sabemos se já se não fez pretérito o tempo por faze-lo, e angustiados, ansiosos perderemos o sentido de nós mesmos, da segurança da nossa personalidade no tempo, nos nos perdemos, não temos consciência de nós mesmos no presente, tão pouco no passado, porque nos deslocamos voluntária, sem consciência, nos subsidiariamente nos colocamos no lilmiar da eternidade, esse olho parado da quimera mitológica que nos fita incessante, sem sentido, sem princípio, sem fim, sem compreensão.

Assim, angustiados, encontramo-nos no bojo da crise, toda espécie vive essa situação de plena singularidade. A crise, o primeiro estágio apercebido, não nos proporciona o sabermos o interregno do que não se conhece, do que ainda nunca se teve notícia, algo para comparações elucidativas, para orientação; esbarraremos talvez nos limites finitos espaço.

Curiosamente percebe-se perigo latente em tudo, não desparecimento e morte, física destruição final, o que seria simples definir, o mundo não está cotizando somente os prejuizos financeiros e enfermidades globalizadas, está também cotizando a dor da incerteza.

Nova liderança evangélica

Ainda não se prestigiou devidamente a germinação de uma Escolástica Evangélica "genuina" para a formação pastoral, em que seminaristas, academizados, se presumam candidatos morais, espiritual e intelectualmente preparados à correta substituição dos líderes. Continua-se, todavia, a permitir, na especificidade causal das chamadas Igrejas Pentescotais, que homens sem culturalidade geral humanística, e não menos evangélica, bíblica, apontados de forma incorreta para as situações de liderança, estabeleçam um status, forma, modus vivendi original. Fomentam uma subculturaralidade bíblico evangélica anormalíssima e, através de uma literatura de supina repetividade, formam os substratuns de um numero crescente de na falsa ortodoxia religiosa, lhes sustentem os presupostos para a perpetuação no poder de legislar e doutrinar, através da coesão dessa massa de indivíduos induzidos a crer na capacidade e sinceridade absoluta de seus proselitistas.

Há sem dúvidas, os letrados, mas estes mesmos, experimentados nas lides da mistificação, postos vigilantes para que, advindo algum novo prosélito interessado no verdadeiro evolucionismo da obra, apercebido, não lhes venha a frustrar as intenções do domínio, através do desconhecimento oportuno.

O Brasil certamente se apresenta como Celeiro de bons homens para colheita, os quais, armazenados como grãos, comumente assistem imposições de mãos de líderes na cabeça de pessoas erradas e despreparadas, sem temor e sem coração.

Os efeitos da verdade

Os efeitos de verdade aos quais estamos submetidos podem influenciar, mas nunca poderão anular a realidade exterior, com suas imposições que interferem em nossa vida em todos os sentidos, Chego a pensar: se a determinação é no nível em que Foucault coloca não ajo, sou ajido", então estamos todos redimidos de qualquer responsabilidade?... Onde chegaremos? Temos que apenas entender que tudo está como está, tudo está aí para ser “visitado”, mas que nada há para ser feito? Cessou de fato a esperança? A grande crise do pós-modernismo é a retirada de “tudo” sem a possibilidade de “colocar algo estável no lugar”, e o que é estabilidade e qual é o seu modelo?.Não olhem para o norte!

Temo que se ao estarmos aprofundando os refenciais pós-modernos, (muitos até com certo ufanismo, como se tivessem finalmente tivessem descoberto a “verdade” a respeito de si mesmos e da sociedade), não estaríamos contribuindo para levar de fato a humanidade a um desencantamento completo. A principal questão que fica é saber se há condições de conhecimento da verdade, e isso, penso que só pode ser respondido a nível filosófico ou a nível religioso. Outra, (bem “moderna”, por sinal) é saber se este desencantamento é “melhor” do que o encantamento utópico que tínhamos antes.

Abraços,
Wilson Araujo