sábado, 13 de agosto de 2011

EUA reconhecem Lixo Zero brasileiro como referência mundial

Flavia Loureiro NAB Núcleo dos Amigos do Brooklin
"INFORMAÇÃO" Direito e Dever de todos Art.5ºXIV,CF/Cap.40 Agenda 21



EUA reconhecem Lixo Zero brasileiro como referência mundial

Publicado por Marcos Pili Palácios
em 29 de julho, 2011

Especialistas brasileiros serão os únicos representantes da América Latina a participar do congresso que apresentará o Programa Lixo Zero, desenvolvido no Brasil, como referência internacional.
Entre domingo (31) e quarta-feira (3), especialistas de todo o mundo estarão reunidos em San Diego, Califórnia (EUA), para debater ações e alternativas para a gestão de resíduos Lixo Zero. O programa Lixo Zero desenvolvido no Brasil será apresentado como referência durante a 35º Conferência Anual da Associação de Recuperação de Recursos da Califórnia (da sigla em inglês, CRRA).


O CRRA deve reunir cerca de cem palestrantes que irão debater alternativas para estabelecer um quadro para a sustentabilidade através de práticas Lixo Zero. O objetivo é também apresentar ideias de vanguarda, experiências reais e nova compreensão de seus membros e participantes da conferência. Os especialistas brasileiros, Gustavo Abdalla, diretor executivo do Instituto Lixo Zero Brasil (ILZB), Rodrigo Sabatini, presidente da Novociclo Ambiental, pioneira na implantação do programa Lixo Zero no Brasil, foram os únicos representantes da América Latina convidados a palestrar no congresso, devido à representatividade do trabalho realizado no Brasil.


O programa Lixo Zero desenvolvido no Brasil, tem como meta reduzir a quase zero o descarte de resíduos, a partir de ações que envolvem educação ambiental, logística e mudança de comportamento sobre as práticas de consumo e destinação de resíduos. Ele já é aplicado em um projeto social chamado Espaço Recicle e em diferentes setores da sociedade, como escolas, supermercados, empresas e condomínios.


O engenheiro, Rodrigo Sabatini acredita que a participação no evento deve garantir ainda mais reconhecimento ao programa desenvolvido desde 2009 e que já foi apresentado em outros importantes encontros mundiais, como exemplo a ser seguido no mundo. Entre eles, a 7ª Conferência Internacional Lixo Zero, 16ª Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP-16) e o primeiro Salão do Voluntariado Italiano, “Aldeia Solidária”.


Programa Lixo Zero – Prevê reduzir ao máximo o envio de lixo para os aterros sanitários, fazendo com que materiais, antes descartados no lixo comum ou levados para reciclagem sujos e misturados, sejam encaminhados corretamente. Trata-se de trabalhar uma nova conscientização sobre os resíduos gerados pela população, como embalagens de papel, plástico, tetrapak, latas de alumínio, garrafas e até óleo de cozinha. Atua com base em oferecer condições para que cada pessoa possa agir de forma a diminuir seu impacto sobre o planeta. A metodologia do projeto Lixo Zero inclui criação e produção de móveis especiais com nichos exclusivos para cada tipo de material, para que o reaproveitamento seja feito de forma limpa e eficiente.

O objetivo deste conceito é incentivar o consumo consciente e a redução das lixeiras. Pode ser aplicado em órgão públicos, escolas, condomínios, supermercados, empresas, condomínios residenciais etc. O conceito também é desenvolvido em um projeto social da empresa. Presente nas cidades de Florianópolis e Palhoça (SC), o Espaço Recicle Funciona em contêineres adaptados, onde os moradores levam os materiais recicláveis previamente separados e limpos e os convertem em pontos que são acumulados em um cartão de fidelidade. Depois, estes pontos podem ser trocados por materiais biodegradáveis ou produtos confeccionados a partir de materiais recicláveis. Nos Espaço Recicle também há composteiras e hortas comunitárias, que ajudam a mostrar a importância da reutilização dos materiais orgânicos. A participação é gratuita.

http://www.rumosustentavel.com.br/eua-reconhecem-lixo-zero-brasileiro-como-referencia-mundial/
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Responsabilidades compartilhadas

Responsabilidades compartilhadas
12/08/2011
Por Elton Alisson

Agência FAPESP – A recente adoção de metas de corte de emissão de gases de efeito estufa (GEE) por estados como São Paulo e a Califórnia, nos Estados Unidos, deverá ter enorme importância nas próximas negociações climáticas mundiais previstas para ocorrer em novembro de 2011 na Conferência Internacional sobre o Clima em Durban, na África do Sul, e na Rio+20, que ocorrerá em junho de 2012 no Rio de Janeiro.

Isso porque está se começando a discutir a necessidade de incluir os atores regionais na mesa de discussão sobre as metas de redução das emissões de GEE das negociações climáticas internacionais.

A avaliação foi feita pelo professor do Instituto de Eletrotécnica e Energia da Universidade de São Paulo (USP), José Goldemberg, no Seminário sobre Sustentabilidade e Tecnologias de Baixo Carbono, realizado pela Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) da USP, em 10 de agosto.

“Já era tempo de colocar os atores regionais nas negociações climáticas, porque só os atores nacionais não são bem representativos nessas discussões. Se essa lei instituída pelo Estado de São Paulo for implementada efetivamente, e eu acredito que poderá ser, ela será um exemplo muito interessante para outras cidades”, disse Goldemberg.

No fim de 2009 foi sancionada a Política Estadual de Mudanças Climáticas (PEMC). A legislação paulista estabeleceu a meta de reduzir em 20% a emissão de GEE no estado, em todos os setores, até 2020, em relação a 2005. Com isso, São Paulo passou a ser o segundo estado, depois da Califórnia, a adotar uma lei nesse sentido.

“Em ambos os países, Brasil e Estados Unidos, o governo não conseguiu adotar uma lei desse tipo. Mas os estados de São Paulo e da Califórnia saíram na frente”, disse Goldemberg.

Para executar a lei, o governo paulista constituiu um comitê gestor que realizou nos últimos anos uma série de estudos sobre as soluções para reduzir as emissões de GEE em diferentes setores.

Um dos estudos realizados pelo comitê, sobre o setor transportes, que responde, por aproximadamente, 30% das emissões de GEE no Estado de São Paulo, apontou que se fosse acelerado nos próximos anos o processo de substituição da frota de veículos que circulam pelo estado por veículos do tipo flex fuel seria possível, por si só, atingir as metas de redução de GEE para o setor.

Porém, de acordo com Goldemberg, a atual política de preço de combustíveis praticada no Brasil pode inviabilizar esse plano. “Com essa política de fixar o preço da gasolina há vários anos, o governo está estrangulando a utilização do etanol no Brasil que representa a grande arma do país e, em particular, do Estado de São Paulo, para reduzir as emissões de GGE. A introdução dos veículos flex fuel para atingir esse objetivo acabará sendo inútil se essa política de preços dos combustíveis não mudar”, disse.

Métricas da sustentabilidade

Na opinião de Goldemberg, apesar de o setor de transportes ser um dos que mais contribuem para as emissões de GEE no estado, as soluções para reduzir suas emissões são menos complexas do que para o setor industrial – o segundo maior emissor de GEE no Estado de São Paulo.

Mas, apesar disso, para que o setor também possa reduzir suas emissões, segundo ele, é necessário que possua metas, como as que a Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo pretende estabelecer no âmbito da Política Estadual de Mudanças Climáticas.

O órgão do governo paulista realizou em conjunto com a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) um mapeamento das emissões dos principais segmentos industriais para criar um mecanismo de negociação para reduzir suas emissões.

“O único mecanismo para que se consiga reduzir as emissões de GEE é, de fato, o comando de controle, ou seja, fixar metas e enquadrar as pessoas por meio de leis, multas e outras penalidades”, disse Goldemberg.

Para se antecipar a esse cenário regulatório, algumas empresas já estão adotando as denominadas “métricas da sustentabilidade”, como a redução de emissões de gases de efeito estufa, de dejetos e do uso de recursos naturais por unidade.

Durante o Seminário sobre Sustentabilidade e Tecnologias de Baixo Carbono foram apresentados quatro casos de empresas dos setores de energia e transporte que desenvolveram tecnologias que reduzem a emissão de gases de efeito estufa em até 60% e que melhoram o desempenho ambiental de seus produtos e processos por meio da inovação tecnológica.

Entre as tecnologias, estão um sistema que elimina a necessidade de tanque de gasolina para dar partida em veículos flex fuel, que leva a uma redução no consumo de combustível e, consequentemente, das emissões de GEE, e a aplicação da tecnologia flex em motores de aviões a pistão.

“Estamos entrando em uma década em que migramos da retórica para o cumprimento de metas da sustentabilidade. E a ideia básica por trás dessas métricas, que se tornarão muito importantes, é como poderemos continuar crescendo e, ao mesmo tempo, reduzir as emissões GEE e de dejetos, tornando o uso da energia e da água mais eficiente e aumentando a cobertura vegetal”, disse Jacques Marcovitch, professor da FEA-USP e coordenador do evento.


Amigos do meio ambiente

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De: Ipa Inpetra


Notícias
Amigos do meio ambiente
11/08/2011
Agência FAPESP – A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo vai premiar seus hospitais, institutos, fundações e autarquias que se destacaram em ações de qualidade ambiental, entre os anos de 2010 e 2011.

Além de premiar, a condecoração, denominada “Amigo do Meio Ambiente”, tem como objetivo estimular os órgãos da pasta a desenvolverem, em seus locais de trabalho, uma cultura de preservação ambiental, adotando soluções práticas e ecologicamente viáveis.

Entre os exemplos de ações estão a reciclagem de materiais, coleta seletiva de lixo, educação ambiental para a comunidade, redução do uso do mercúrio, plantio de árvores, tratamento de efluentes, economia no uso de água e energia elétrica e gerenciamento de resíduos perigosos.

Para concorrer ao prêmio, os órgãos interessados devem apresentar, até o dia 2 de setembro, um projeto descritivo sobre as ações. Os trabalhos serão julgados por uma comissão nomeada pela assessoria de comunicação social da Secretaria, e os vencedores receberão uma placa decorativa.

Os órgãos contemplados serão conhecidos na abertura do 4º Seminário Hospitais Saudáveis 2011, evento a ser realizado no dia 26 de setembro.

Mais informações: www.saude.sp.gov.br/resources/geral/acesso_rapido/reg_amigo_do_meio_ambiente_2011.pdf


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terça-feira, 5 de julho de 2011

Doenças crônicas não transmissíveis serão pauta da ONU

Wilson Araujo/ Agenda21
"INFORMAÇÃO" Direito e Dever de todos Art.5ºXIV,CF/Cap.40 Agenda 21


Ciência e Tecnologia

Doenças crônicas não transmissíveis serão pauta da ONU
Pelo menos 63% das mortes no mundo acontecem em decorrência destas enfermidades
Jornal do Brasil
As doenças crônicas não transmissíveis – câncer, diabetes, doenças cardiovasculares e respiratórias – serão pauta de reunião da Organização das Nações Unidas (ONU), em setembro, em Nova York. Nesta semana, durante evento promovido pela instituição, representantes da Femama – Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama e de outras entidades não-governamentais entregaram documento de posição sobre o assunto à embaixadora da ONU para o Brasil, Regina Maria Cordeiro Dunlop.

Entre os pleitos das entidades, destaca-se o aumento de preços e impostos sobre o tabaco e destinação da verba para prevenção e combate a essas doenças, que são a causa de mais de 63% do total de mortes no mundo.

Dos investimentos em saúde realizados no mundo todo, apenas 0,9% se destinam a essas enfermidades. O paradoxo faz com que um número cada vez maior de pessoas morra de doenças curáveis, como é caso do câncer de mama.

“A ciência garante chances de cura de 95% para os cânceres de mama descobertos precocemente. Mas, como todos sabem, isso não acontece na prática”, explica a mastologista Maira Caleffi, presidente da Femama.

De acordo com ela, apenas no Brasil, 30 mulheres morrem por dia de câncer de mama. No mundo, uma mulher morre a cada 68 segundos por conta desta neoplasia. Para lutar pela inclusão das doenças crônicas não transmissíveis nas pautas da Agenda 21 e nas Metas do Milênio das Nações Unidas (ONU) e Organização Mundial da Saúde, foi criado o Comitê DCNT Brasil.

A iniciativa parte do Hospital Moinhos de Vento, de Porto Alegre, da Associação Médica do Rio Grande do Sul (Amrigs) e da Femama (Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama), e tem como meta atrair instituições de todo o Brasil para o trabalho em conjunto.

“Levaremos nosso pleito à Convenção de Setembro. No mundo todo, instituições de saúde estão mobilizadas para mudar esse quadro. Queremos, com isso, incentivar os necessários investimentos nessa área, diminuir o número de mortes e transformar o que já é realidade no campo científico em fatos concretos na área da saúde”, enfatiza Maira.

http://www.jb.com.br/ciencia-e-tecnologia/noticias/2011/06/24/doencas-cronicas-nao-transmissiveis-serao-pauta-da-onu/

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Descoberto o segredo da longevidade

Descoberto o segredo da longevidade
30 de junho de 2011 | 0h 00

Fernando Reinach - O Estado de S.Paulo
Aumente sua vida em dez vezes e sua capacidade reprodutiva em cem vezes. É isso que vai ocorrer se você for alimentado durante a infância com royalactin, um produto recém-identificado. Ah, esqueci de dizer, isso só vale se você for uma abelha. Em um feito cada vez mais raro na ciência moderna, um cientista trabalhando sozinho identificou o composto presente na geleia real responsável pela diferenciação de larvas em abelhas-rainhas e de quebra descobriu como ele atua no corpo dos insetos, aumentando a sobrevida e a capacidade reprodutiva.


Em um ninho de abelhas (Apis mellifera), somente uma entre as milhares de fêmeas assume o papel de rainha. Essa privilegiada vive de 1 a 2 anos e coloca 2 mil ovos por dia. As outras fêmeas são simples trabalhadoras. Seu mês de vida é dedicado a trabalhar pela colmeia. Sexo, nem pensar.

Há mais de cem anos foi descoberto que as abelhas produzem um tipo especial de mel, a geleia real, que transforma as larvas em rainhas - um verdadeiro conto de fada. Os seres humanos, acreditando que talvez a geleia real tenha efeitos semelhantes em mamíferos, consomem toneladas do produto todos os anos - um mercado anual de US$ 600 milhões. A geleia real tem centenas de componentes e até agora ninguém sabia como ela era capaz de transformar larvas em rainhas.

Masaki Kamakura, da Universidade de Toyama, descobriu que, se a geleia real fosse estocada a 40°C, ela ia aos poucos perdendo sua capacidade de transformar larvas em rainhas. Esse efeito era gradativo e ocorria ao longo de 30 dias - como seria esperado se um dos compostos presentes na geleia fosse aos poucos desaparecendo.

Usando métodos sofisticados para separar e quantificar os componentes de amostras de geleia estocadas a altas temperaturas, Kamakura identificou três proteínas cuja degradação ocorria em 30 dias. Cada uma delas foi isolada e testada individualmente em larvas. O resultado demonstrou que somente uma das três proteínas, com um peso molecular de 57 mil daltons, era capaz de transformar as larvas em rainhas.

Essa proteína recebeu o nome de royalactin. O gene da royalactin foi clonado e a proteína, produzida em bactérias transgênicas, foi isolada e testada novamente. A capacidade de transformar as larvas foi confirmada.

Com bastante royalactin na geladeira, Kamakura começou a investigar como ela operava sua mágica. A primeira descoberta é que um efeito semelhante, mas menos intenso, era obtido em larvas de Drosophila. Como a genética da Drosophila é muito bem conhecida, Kamakura começou a testar uma coleção de Drosophilas, cada uma deficiente em um gene, na esperança de descobrir o gene por meio do qual a royalactin exercia seu efeito. Deu certo. Kamakura descobriu que o gene do receptor de um hormônio chamado EGF (fator de crescimento epitelial) precisava estar intacto para que a royalactin agisse. Usando esse procedimento, Kamakura foi capaz de mapear grande parte do caminho metabólico que é ativado nos insetos e provoca a transformação das larvas em rainhas.

A melhor notícia é que, apesar de os mamíferos não produzirem royalactin, o caminho metabólico mapeado por Kamakura é muito semelhante em insetos e mamíferos. Temos os receptores de EGF e grande parte dos outros genes envolvidos no processo. Como você deve imaginar, companhias farmacêuticas investigam se é possível desenvolver um composto que repita em humanos o efeito da royalactin em insetos. Se for possível, o que duvido, faremos sexo centenas vezes por dia durante nossa longa vida de 800 anos. Mas teremos de manter parte da população sem royalactin - afinal alguém vai ter de cuidar dos afazeres diários. Seremos uma colmeia feliz?

BIÓLOGO

MAIS INFORMAÇÕES: ROYALACTIN INDUCES QUEEN DIFFERENTIATION IN HONEYBEES. NATURE, VOL. 473, PÁG. 478, 2011

Rodoanel

29/06/2011 - Folha de São Paulo
Prefeitura de SP veta, mas Rodoanel vai ter atalho para marginal
JOSÉ BENEDITO DA SILVA
FOLHA DE SÃO PAULO

Sob protesto de ambientalistas e contrariando o veto da Prefeitura de São Paulo a um atalho para a marginal Tietê, o Conselho Estadual do Meio Ambiente concedeu ontem licença prévia para o trecho norte do Rodoanel, a maior obra viária do governo Geraldo Alckmin (PSDB).

Foram 23 votos favoráveis à obra, mas todos os sete representantes de ONGs ambientalistas votaram contra.

Marlene Bergamo/Folhapress

Paineira centenária, de 29 metros de altura, fez com que traçado do rodoanel tivesse que ser desviado na Grande SP

A rodovia terá 44 km, custará R$ 6,1 bilhões e conectará o trecho oeste à via Dutra, margeando por 20 km a serra da Cantareira, um dos principais mananciais da capital.

Do caminho serão retiradas 2.000 famílias, e o equivalente a 140 campos de futebol de vegetação. Uma centenária paineira em Guarulhos, porém, levou ao desvio do traçado.

A licença manteve a ligação com a marginal Tietê por meio da avenida Inajar de Souza, na zona norte, contrariando pedido da prefeitura.

Por ser uma via expressa, o Rodoanel tem apenas cinco saídas, três para outras rodovias. As demais dão acesso à marginal --uma é a da Inajar de Souza, com 7 km; a outra, pela avenida Raimundo Pereira Magalhães, tem 14 km.

A prefeitura teme que o atalho da Inajar cause adensamento populacional, danos ambientais e impacto negativo no tráfego da marginal. "A ligação é contraditória com a própria finalidade básica que justifica a implantação do trecho norte", diz o secretário do Verde e do Meio Ambiente, Eduardo Jorge.

Para a Dersa, uma das vantagens do Rodoanel continua sendo "o alívio no tráfego da marginal", ao retirar veículos de passagem pela capital.

O acesso pela Inajar, afirma, ampliaria esse benefício ao oferecer aos moradores da populosa zona norte acesso direto a rodovias do entorno.

A obra deve reduzir o volume médio de tráfego da marginal em 13% até 2039, mas elevar o da Inajar em 40%.

Para o presidente da Dersa, Laurence Casagrande Lourenço, o parecer da secretaria não representa a opinião de órgãos de trânsito da capital nem os estudos viários existentes. "Mas ganhamos tempo para debater."

Editoria de Arte/Folhapress


CRÍTICAS

Segundo Jefferson Rocha de Oliveira, presidente do Instituto Eco-Solidário, o principal questionamento das ONGs é a precariedade das análises sobre o adensamento populacional, as intervenções nos cursos d'água e o impacto social da obra.

"O parecer foi entregue aos conselheiros no dia 22, [véspera de] feriado. Tivemos pouco tempo para analisar."

sábado, 9 de abril de 2011

Pobre também deveria ter painel solar, diz secretário do Clima

"INFORMAÇÃO" Direito e Dever de todos Art.5ºXIV,CF/Cap.40 Agenda 21


Pobre também deveria ter painel solar, diz secretário do Clima
O novo secretário nacional de Mudança Climática, Eduardo Assad, tem dois recados para os empresários do país: se quiserem investir em energia alternativa, haverá crédito barato do governo. Se não quiserem, vão ter de investir do mesmo jeito.

Engenheiro com doutorado em hidrologia, o pesquisador da Embrapa Informática assumiu o cargo na semana passada, com carta branca da ministra Izabella Teixeira (Meio Ambiente) para formular a política climática.

Ele diz que o recém-criado Fundo Clima, que começa neste ano com R$ 229 milhões, será o principal incentivador do desenvolvimento de tecnologias como energia solar, de marés e biodiesel.

Mas avisa que essas mesmas linhas de crédito devem abrir no governo o debate sobre restrições a financiamento para quem não quiser adotar tecnologias limpas. “Soltou-se essa lebre”, afirma.

Um entrave sério, para ele, é a maneira de pensar em energia no Brasil. “Num país cuja mentalidade de geração de energia nos últimos 50 anos foi hidrelétrica, você tem posições que são refratárias imediatamente”, diz.

“Se eu puder tomar meu banho com energia solar, será um passo razoável. Isso não é novo: a classe média alta em todas as cidades brasileiras já faz isso. Por que o pobre não pode fazer?”

Folha – O que muda na secretaria de Mudança Climática?
Eduardo Assad – Estamos num processo de discussão. Hoje a secretaria se chama Secretaria de Mudança Climática e Qualidade Ambiental, provavelmente vai se chamar Secretaria de Mudança Climática e Recursos Hídricos, talvez florestas, para você ter mais aderência nessas questões todas. Uma das nossas missões é acompanhar o desmatamento. Outra é acompanhar políticas para reduzir desertificação. Acompanhar reduções de gases de efeito estufa. Discutir, acompanhar e participar dos sistemas de alerta.

Existe uma previsão no Fundo Clima de recursos para pesquisa em energia solar. Mas é pouco, não?
É pouco. Mas a boa notícia é que agora tem. Vamos competir com o setor elétrico? Absolutamente! O que nós queremos é que, naquelas regiões do Brasil onde você tem problemas de distribuição, áreas pequenas, municípios com 5.000, 10 mil habitantes, por que não utilizar energia solar, pelo menos para aquecer a água? Isso não pode ser uma opção somente das áreas urbanas, da classe média alta. Por que o pobre não pode usar coletor solar?

O Brasil tem condições hoje de usar energia fotovoltaica?
Tem. Existe um grupo no Rio Grande do Sul que desenvolveu um material muito legal e bastante eficiente. Então vamos agitar isso para encontrar soluções que falem, por exemplo, de refrigeração solar para preservar alimentos no sertão? Isso não é novo, é do meu tempo de estudante. É caro? É caro. Mas nas áreas mais afastadas dos grandes centros talvez não seja tão caro.

Vamos começar pelo começo, por aquelas áreas onde você pode fazer isso de uma forma mais eficiente. Isso gera demanda de pesquisa, de novos materiais, de eficiência. E você vê a partir daí se é possível.

Num país cuja mentalidade de geração de energia nos últimos 50 anos foi hidrelétrica, obviamente você tem posições que são refratárias imediatamente. E cálculos enormes dizendo que não é isso, que não é aquilo…

Quando você discute essas coisas, tem de olhar para o futuro, num horizonte de 40 anos, de 50 anos. Só que 30 anos atrás já se falava disso. E não se fez. Outra coisa importante: 8.000 km de costa e você não tem energia de marés. Por quê?

Também existem populações na beira do mar que têm dificuldade de ter energia. E é um absurdo não ter nenhum protótipo instalado. A iniciativa privada não quer? Tá bom, o governo quer.

E o Brasil comprou um protótipo da Alemanha?
Não sei se da Alemanha, mas comprou de fora.

Não é um pouco ingênuo achar que só porque existe dinheiro e expertise no país o negócio vai ser feito? Nosso empresariado é cronicamente ruim de inovação.
Vamos dizer que nós estamos mais ou menos na situação em que os EUA estavam em 1930, 1940, quando se decidiu que todos os equipamentos usados em ciência e tecnologia deveriam ser americanos. No momento em que isso foi feito, várias indústrias cresceram. Nós em grande parte perdemos esse “timing” no Brasil. Mas o governo pode sinalizar que está trabalhando nessa linha, energia renovável. Se eu coloco esse dinheiro a juros de mercado, ninguém vai pegar. Então nós vamos atrair recursos para isso.

Mas não basta oferecer a cenoura do juro barato, é preciso dar o chicote da regulação.
Vamos tentar pensar na posição mais favorável, não na cobrança, mas no incentivo: você tem de um lado esse incentivo, de outro um programa imenso no MCT de inovação, que precisa de recurso nosso para avançar.
Alguns exemplos importantes no Brasil surgiram nessa linha de energia. O exemplo de São Paulo e de Gramacho, do aterro sanitário, é fantástico. Você recicla, gera energia e atende 600 mil pessoas. É o melhor dos mundos. Dentro da lógica da redução de emissões, opções novas vão ter de surgir. Jogar pedra em energia solar, isso se faz há 30 anos.

Fonte: Folha.com

http://www.dasolabrava.org.br/pobre-tambem-deveria-ter-painel-solar-diz-secretario-do-clima/


Energia solar cresceu 75% em 2010 na Alemanha
BERLIM — A capacidade de produção elétrica fotovoltaica na Alemanha aumentou 75% em um ano e alcançou os 17.300 megavatts em 2010, anunciou a autoridade alemã para a regulação das redes (Bundesnetzagentur).

Apesar de contar apenas com 1.300 a 1.900 horas de sol por ano, a energia solar viveu um verdadeiro boom na Alemanha, graças ao sistema de preços garantido pelo Estado.

O Estado alemão garante a todo produtor de eletricidade solar, seja particular ou um agricultor que tenha instalado um campo de paneis solares, vender a energia que produz a um preço muito superior ao do mercado.

Esta diferença vai para as faturas pagas pelo consumidor, o que provoca muitas queixas.

Fonte: AFP

http://www.dasolabrava.org.br/energia-solar-cresceu-75-em-2010-na-alemanha

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Mapa-mundi digital

Recentemente o IBGE lançou um mapa-mundi digital, com síntese, histórico, indicadores sociais, economia, redes, meio ambiente, entre outras curiosidades.
Vale a pena conferir!
É incrível!

http://www.ibge.gov.br/paisesat/main.php

quarta-feira, 30 de março de 2011

Iniciativa global planeja reduzir em 50% as hospitalizações por asma

"INFORMAÇÃO" Direito e Dever de todos Art.5ºXIV,CF/Cap.40 Agenda 21



Iniciativa global planeja reduzir em 50% as hospitalizações por asma

3 de maio: Dia Mundial da Asma


Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, são cerca de 300 milhões de pessoas com asma em todo o mundo. A doença é a principal causa de 250 mil mortes prematuras ao ano, passíveis de prevenção


Celebrado desde 1998, o Dia Mundial da Asma é comemorado na primeira terça-feira do mês de maio. No Brasil, encabeçada pela Iniciativa Global contra a Asma, GINA, a data servirá de alerta contra a doença, responsável por 250 mil mortes prematuras em todo o mundo, três mil delas só no Brasil. Quase todas poderiam ser prevenidas com tratamento adequado.


Médicos e profissionais de saúde que lidam com pacientes asmáticos em todo o país buscarão, neste dia, difundir informações sobre a doença e o controle dos seus sintomas a fim de reduzir as hospitalizações e o número de mortes por asma no mundo, contribuindo para que os portadores da doença tenham melhor qualidade de vida.


“A principal informação que precisa estar clara para a população, e especialmente para portadores da doença e seus familiares, é que só conseguiremos reduzir estes índices de hospitalizações e também as mortes pela doença evitando as exacerbações, que são as crises de asma”, orienta o dr. Álvaro Cruz, diretor-executivo da GINA Brasil.


O especialista explica que sendo a doença crônica, na maioria das vezes de origem alérgica familiar, não existe cura. Mas todo paciente deve ser tratado e receber acompanhamento médico. “Em casos mais graves, mesmo sob controle, os pacientes precisam continuar usando regularmente as suas medicações, tal como se faz na hipertensão ou diabetes”.

O principal objetivo da GINA, de lideranças e de associações interessadas no combate à asma em todo o mundo é criar esta cultura de tratamento contínuo, evitando a necessidade de hospitalizações ou atendimentos de emergência no momento das crises, que podem ser fatais.


“A nossa meta é reduzir as hospitalizações até 2015 em 50%, e não é impossível. Mas precisamos mobilizar não apenas os pacientes, mas também os profissionais de saúde, imprensa, lideranças políticas e sociedade”, revela dr. Rafael Stelmach, membro do Comitê Executivo da ONG no Brasil.



Mitos e verdades

MITO: O médico só deve ser procurado em caso de crise: esta afirmação é uma das principais causas dos altos índices de hospitalizações por asma. O correto é manter o tratamento conforme orientação médica, e só interromper quando autorizado pelo médico. Desta forma, o paciente poderá usufruir de uma vida com muito mais qualidade, e sem sustos.


VERDADE: O paciente asmático pode e deve praticar atividade física, mas sempre sob orientação e acompanhamento médico. Ao contrário do que muitos pensam, uma pessoa com asma controlada não apenas pode praticar esportes regularmente, como pode chegar a nível profissional. Exemplos dessa superação são os nadadores Mark Spitz e o brasileiro Fernando Scherer, o Xuxa; assim como a triatleta brasileira Carla Moreno, heptacampeã do Troféu Brasil de Triatlo.

MITO: O uso contínuo de medicamentos como as chamadas ‘bombinhas’ oferece risco cardíaco: esta afirmação está errada e é uma das principais causas de falta de tratamento adequado de pessoas com asma. Os tratamentos com medicamentos inalados são os ideais porque agem diretamente onde a doença está, e podem ser utilizados sem receio, sempre sob orientação médica.


VERDADE: Asma e bronquite crônica não são a mesma coisa, ao contrário, são doenças bastante diferentes. Enquanto a asma atinge indivíduos de qualquer faixa etária, especialmente as crianças, com sintomas de falta de ar e chiado no peito, a bronquite crônica está relacionada ao tabagismo. É uma doença pulmonar obstrutiva crônica, assim como o enfisema pulmonar, e dificilmente atingirá uma criança. Em geral, os pacientes são adultos e fumantes.

GINA Brasil

Trazida para o Brasil em 2010 - que foi o chamado Ano do Pulmão - pelo Dr. Álvaro Cruz (Membro do Conselho Diretor da ONG internacional), com o apoio de 109 médicos brasileiros, a Iniciativa Global contra a Asma é uma organização não governamental formada de voluntários - que compõem um conselho, comitês, e grupos de trabalho e de experts - e empresas parceiras. Parte da Aliança Global contra Doenças Respiratórias Crônicas (GARD), a ONG atua desde 1995 reunindo os maiores especialistas no assunto para elaborar estratégias de controle da doença. Era inicialmente liderada pela OMS e pelo Instituto Nacional de Saúde dos EUA.

O site oficial da ONG no Brasil (www.ginabrasil.com.br) traz informações e algumas dicas para quem quer se engajar nesse projeto. Um dos passos mais importantes para reduzir as hospitalizações por asma em 50% até 2015 é montar um grupo de apoio que englobe autoridades de saúde pública, representantes governamentais, ONGs e sociedades respiratórias.

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Agrotóxicos afetam saúde tanto de produtores quanto de consumidores

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Agrotóxicos afetam saúde tanto de produtores quanto de consumidores
ENSP, publicada em 28/03/2011

Em 2009, levantamento realizado pela Anvisa em 20 alimentos, entre frutas, legumes e verduras, mostra que quase 30% deles tinham agrotóxicos acima do limite permitido. O uso indiscriminado desses produtos faz do Brasil o campeão mundial no uso de agrotóxicos. O Globo Repórter de sexta-feira (25/3) abordou esse tema, tendo entre os especialistas entrevistados o pesquisador da ENSP/Fiocruz Sergio Koifman.

Segundo Koifman, tanto a população que faz uso dos agrotóxicos nas plantações como a que entra em contato direto com eles pelos alimentos estão expostas aos mesmos riscos, podendo ter sérios problemas de saúde.

Confira aqui a participação do pesquisador da ENSP/Fiocruz no programa. Nos links abaixo, estão disponíveis os vídeos que fizeram parte do Globo Reporter de sexta-feira (25/3).

Orgânicos possuem mais nutrientes do que alimentos convencionais

É possível plantar horta orgânica no quintal ou na varanda do apartamento

Criação de galinhas sem estresse produz ovos com mais qualidade

Agrotóxicos podem causar doenças como depressão, câncer e infertilidade

Alunos de Jundiaí plantam alimentos que consomem na merenda escolar

Curitiba possui o único mercado municipal do país só de orgânicos

http://www.ensp.fiocruz.br/portal-ensp/informe/materia/?origem=1&matid=24469
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Saiba mais sobre os ODM-SP nab http://odmsp.blogspot.com/
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domingo, 27 de fevereiro de 2011

“Desigualdade social e renda injusta”, por Frei Betto*

Desigualdade social e renda injusta”, por Frei Betto*
Entre os 15 países mais desiguais do mundo, dez se encontram na América Latina e Caribe. Atenção: não confundir desigualdade com pobreza. Desigualdade resulta da distribuição desproporcional da renda entre a população.
O mais desigual é a Bolívia, seguida de Camarões, Madagascar, África do Sul, Haiti, Tailândia, Brasil (em 7º. lugar), Equador, Uganda, Colômbia, Paraguai, Honduras, Panamá, Chile e Guatemala.
A ONU reconhece que, nos últimos anos, houve redução da desigualdade no Brasil. Em nosso continente, os países com menos desigualdade social são Costa Rica, Argentina, Venezuela e Uruguai.
Na América Latina, a renda é demasiadamente concentrada em mãos de uma minoria da população, os mais ricos. São apontadas como principais causas: a falta de acesso da população a serviços básicos, como transporte e saúde; os salários baixos; a estrutura fiscal injusta (os mais pobres pagam, proporcionalmente, mais impostos que os mais ricos); e a precariedade do sistema educacional.
No Brasil, o nível de escolaridade dos pais influencia em 55% o nível educacional a ser atingido pelos filhos. Numa casa sem livros, por exemplo, o hábito de leitura dos filhos tende a ser inferior ao da família que possui biblioteca.
Na América Latina, a desigualdade é agravada pelas discriminações racial e sexual. Mulheres negras e indígenas são, em geral, mais pobres. O número de pessoas obrigadas a sobreviver com menos de 1 dólar por dia é duas vezes maior entre as populações indígena e negra, comparadas à branca. E as mulheres recebem menor salário que os homens ao desempenhar o mesmo tipo de trabalho, além de trabalharem mais horas e se dedicarem mais à economia informal.
Graças à ascensão de governos democrático-populares, nos últimos anos o gasto público com políticas sociais atingiu, em geral, 5% do PIB dos 18 países do continente. De 2001 a 2007, o gasto social por habitante aumentou 30%.
Hoje, no Brasil, 20% da rendas das famílias provêm de programas de transferência de renda do poder público, como aposentadorias, Bolsa Família e assistência social. Segundo o Ipea, em 1988 essas transferências representavam 8,1% da renda familiar per capita. De lá para cá, graças aos programas sociais do governo, 21,8 milhões de pessoas deixaram a pobreza extrema.
Essa política de transferência de renda tem compensado as perdas sofridas pela população nas décadas de 1980 e 1990, quando os salários foram deteriorados pela inflação e o desemprego. Em 1978, apenas 8,3% das famílias brasileiras recebiam recursos governamentais. Em 2008, o índice subiu para 58,3%.
A transferência de recursos do governo à população não ocorre apenas nos Estados mais pobres. O Rio de Janeiro ocupa o quarto lugar entre os beneficiários (25,5% das famílias), antecedido por Piauí (31,2%), Paraíba (27,5%) e Pernambuco (25,7%). Isso se explica pelo fato de o Estado fluminense abrigar um grande número de idosos, superior à media nacional, que dependem de aposentadorias pagas pelos cofres públicos.
Hoje, em todo o Brasil, 82 milhões de pessoas recebem aposentadoria do poder público. Aparentemente, o Brasil é uma verdadeira mãe para os aposentados. Só na aparência. A Pesquisa de Orçamentos Familiares do IBGE demonstra que, para os servidores públicos mais ricos (com renda mensal familiar superior a R$ 10.375), as aposentadorias representam 9% dos ganhos mensais. Para as famílias mais pobres, com renda de até R$ 830, o peso de aposentadorias e pensões da previdência pública é de apenas 0,9%.
No caso do INSS, as aposentadorias e pensões representam 15,5% dos rendimentos totais de famílias que recebem, por mês, até R$ 830. Três vezes mais que o grupo dos mais ricos (ganhos acima de R$ 10.375), cuja participação é de 5%.
O vilão do sistema previdenciário brasileiro encontra-se no que é pago a servidores públicos, em especial do Judiciário, do Legislativo e das Forças Armadas, cujos militares de alta patente ainda gozam do absurdo privilégio de poder transferir, como herança, o benefício a filhas solteiras.
Para Marcelo Neri, do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getulio Vargas, no Brasil "o Estado joga dinheiro pelo helicóptero. Mas, na hora de abrir as portas para os pobres, joga moedas. Na hora de abrir as portas para os ricos, joga notas de 100 reais. É quase uma bolsa para as classes A e B, que têm 18,9% de suas rendas vindo das aposentadorias. O pobre que precisa é que deveria receber mais do governo. Pelo atual sistema previdenciário, replicamos a desigualdade".
A esperança é que a presidente Dilma Rousseff promova reformas estruturais, incluída a da Previdência, desonerando 80% da população (os mais pobres) e onerando os 20% mais ricos, que concentram em suas mãos cerca de 65% da riqueza nacional.
* Frei Betto é escritor e assessor de movimentos sociais.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Noção de Paradigma- Thomas Kuhn

Noção de Paradigma

Thomas Kuhn, célebre historiador da ciência, falecido em 1996, mudou por completo a noção que se tinha sobre o progresso científico.

Anteriormente, pensava-se que a ciência progredia de forma contínua, por melhoramentos consecutivos, que iam sendo adicionados por sucessivos cientistas.

Na sua célebre obra As pessoas, de um modo geral, principalmente as gerações surgidas no século passado, não estão preparadas para o novo, para o inédito, para idéias inovadoras. Há uma triste tendência de rejeitar tudo que não é cientificamente embasado, segundo o que se transmite no retrógrado ensino convencional e no que é apreendido de vivências explicáveis.

Para o cientificismo convencional o que não é visto, ouvido, tocado ou cheirado não existe como fenômeno científico. Segundo eles, o resto é “conversa de carochinha!”. Ai se inclui o desprezo pela intuição, inspiração, criatividade e inteligência universal. Ou, com diria Einstein, como “Deus pensa”.

Inteligência universal é um novo paradigma que procura explicar, através da física quântica comentada por Max Planck e Fritjov Capra, além de Einstein, a existência das sementes da criação e o surgimento da intuição, que nada tem a ver com a racionalidade cartesiana. Tratarei desse tema em outra ocasião. Pretendo desenvolver uma abordagem dessa disciplina aplicável aos negócios.

A história nos oferece exemplos da nossa resistência e dificuldade em aceitar a tendência natural da evolução a partir do nada. São exemplos que ilustram o quanto precisamos evoluir mentalmente para acompanhar a celeridade e progressividade das mudanças, fenômeno dos mais visíveis deste início de século XXI.

Em 18 de abril de 1939, quando alguns técnicos e pesquisadores apresentaram o protótipo de um aparelho de TV, o tradicional e respeitado jornal “The New York Times” ofereceu aos assinantes a seguinte opinião: “A televisão não dará certo... as pessoas terão de ficar olhando sua tela, e a família americana média não tem tempo para isso”. Isso foi há apenas 64 anos. O que é a televisão hoje para a família americana? E para as famílias de todo o mundo? Sem comentários.

Em 1879 um desconhecido de pré-nome Thomas aproveitou a realização de uma exposição em Paris para demonstrar o seu invento. Um conceituado e também respeitado professor da renomada Universidade de Oxford chamado Erasmo Wilson fez o seguinte comentário “Quando a exposição de paris encerrar, ninguém mais ouvirá falar em luz elétrica”. O inventor era Thomas Edison. Como seria o mundo hoje sem a luz elétrica? Que seria da humanidade limitada a ouvir apenas o professor da Oxford?

Quando surgiu o cinema sonoro no ano de 1900 uma publicação especializada chamada Revista American Cinematograph deu a seguinte manchete: “O cinema sonoro é uma novidade ... que durará uma temporada”. O que acham do cinema sonoro hoje?

A postura de cientistas como Einstein, Thomas Edison, e mesmo um Leonardo Da Vinci, tido como dos poucos seres humanos com inteligências múltiplas, são exemplos históricos que devem ser tomados como aprendizado de forma a evitar o atual entorpecimento mental em que bobagem mesmo é a racionalidade científica, o raciocínio mecânico, a rejeição à intuição, sem considerar o atual e ultrapassado método de gerenciar governos, corporações privadas e de educar as novas gerações.

Enquanto não for substituído o paradigma da racionalidade científica que entorpece a intuição, impede a inspiração e bloqueia a criatividade, serão poucos os heréticos ou loucos e os cientistas a abraçarem estudos sobre a mente, a inteligência universal ou existência de um banco de conhecimentos em algum lugar que ainda desconhecemos.

Precisamos mesmo de heréticos e loucos, como os que contribuíram significativamente e de forma expressiva para o progresso da humanidade em todos os campos da ciência e da vida.
Mauro Nunes
A Estrutura das Revoluções Científicas (1962) defendeu que os grandes progressos da ciência não resultam de mecanismos de continuidade, mas sim de mecanismos de rotura.

Uma ciência que evolui de forma contínua atravessa uma etapa do seu desenvolvimento em que se considera que constitui uma Ciência Normal. Durante esse período, o mundo ao qual essa ciência se aplica é visto por todos os seus praticantes segundo uma mesma perspectiva. Todos vêm o mundo da mesma maneira.

A certa altura, alguns dos praticantes dessa ciência começam a descobrir contradições internas e chegam à conclusão de que a forma de ver o mundo em que essa ciência de baseia não é adequada. Começam a descobrir que o mundo devia ser olhado de outra maneira. Às diversas formas de ver o mundo, Kuhn chamou paradigmas. Quando alguém descobre um paradigma distinto, sobre o qual é possível basear o desenvolvimento duma ciência, diz-se que a ciência é, durante esse período, uma
Ciência Revolucionária.

Segundo Kuhn, uma ciência evolui por etapas que ora são de evolução normal, ora de rotura revolucionária, sendo as roturas revolucionárias que mais contribuem para o progresso dessa ciência.

Na Astronomia, por exemplo, durante muitos anos acreditou-se no paradigma geocêntrico, segundo o qual o Sol rodaria à volta da Terra. Todos os cálculos matemáticos da altura, realizados sobre os movimentos dos planetas, confirmavam que o paradigma geocêntrico era o correto. A certa altura, no entanto, alguns astrônomos e físicos começaram a conjecturar que as irregularidades que detectavam em alguns dos cálculos só poderiam ser explicadas se a Terra rodasse em torno do Sol, e não vice-versa. Durante anos, as suas convicções levaram-nos à rejeição social, a acusações de heresia e, em alguns casos, à perda da própria vida, emulada nas fogueiras da Inquisição, mas a partir de certa altura os cálculos começaram a confirmar que, de fato, a razão estava do lado deles, e o paradigma heliocêntrico impôs-se. É curioso observar que Pedro Nunes, o nosso maior matemático, e um dos grandes matemáticos do mundo, na sua época, não aceitava o paradigma heliocêntrico, contrariando assim um número já significativo de contemporâneos seus. A razão que hoje se avança para explicar essa estranha posição é que na época os cálculos de previsão do movimento dos planetas se apresentavam muito mais rigorosos quando se recorria ao modelo geocêntrico, enquanto que o modelo heliocêntrico conduzia a anomalias de cálculo que ninguém, na altura, sabia explicar.

Thomas Kuhn descreve como ciências imaturas aquelas que ainda nem sequer têm paradigmas, e que, como tal, nem sequer podem ser consideradas ciências. Um investigador que pretenda fazer ciência na ausência de uma paradigma unificador depara com uma coleção arbitrária de conceitos não organizados, sem qualquer estrutura integradora capaz de lhes dar coerência e unidade, ou então com múltiplas propostas de estruturas integradoras que são inconciliáveis entre si.

Uma ciência que já estabeleceu os seus paradigmas é considerada uma ciência normal. Como se desenvolve no respeito do seu paradigma unificador, tem um desenvolvimento incremental que tende a limitar-se a resolver, mais ou menos rotineiramente, os problemas que se vão colocando. Como dizia Kuhn, a este nível, as ciências pouco mais fazem do que resolver “puzzles”.

De acordo com Kuhn, os grandes progressos de uma ciência só acontecem quando os seus próprios paradigmas são desafiados e substituídos por novos paradigmas. A essas ciências, que rompem com os paradigmas que as regiam, chamou ciências revolucionárias.

O conceito de paradigma tornou-se muito popular a partir das propostas de Kuhn e hoje significa, mesmo na linguagem corrente, uma maneira de ver a realidade. Trata-se de um conceito particularmente importante para compreender, não apenas a ciência, mas a própria vida em sociedade. De fato, muitos dos conflitos que hoje em dia se geram resultam de choques entre pessoas que vêm a realidade de maneiras antagônicas. Este fato é tão mais importante quanto acontece que, quando se vê a realidade de uma determinada maneira se tende a ser incapaz de a ver de outra, possivelmente mais correta.

A figura seguinte ilustra este fenômeno sobre uma imagem.



Algumas pessoas acham que ela representa uma velha. Outras acham que representa uma jovem. Ambas têm razão. De fato, a mesma imagem representa as duas coisas. No entanto, quem vê nela uma das coisas, não consegue ver a outra. Quando estamos prisioneiros de um paradigma, dificilmente conseguimos aceitar outro paradigma que compita com ele. Só se fizermos um esforço grande para nos situarmos no outro paradigma é que, então, subitamente, passaremos a ver as coisas de uma forma completamente diferente.

Esta questão tem particular importância, também, em matéria de ética, na medida em que se virem as questões segundo uma determinada visão, porventura reprovável, dificilmente seremos capazes de adotar uma visão alternativa que seja eticamente mais equilibrada.

No essencial, o importante é ganharmos flexibilidade intelectual para sermos capazes de mudar de paradigma. Uma vez ganha essa flexibilidade, poderemos, então, analisar cuidadosamente os paradigmas em jogo e fazer opções muito mais apropriadas aos universos nos quais, em cada momento, nos situamos.

Paradigmas entorpecem a criatividade?
As pessoas, de um modo geral, principalmente as gerações surgidas no século passado, não estão preparadas para o novo, para o inédito, para idéias inovadoras. Há uma triste tendência de rejeitar tudo que não é cientificamente embasado, segundo o que se transmite no retrógrado ensino convencional e no que é apreendido de vivências explicáveis.

Para o cientificismo convencional o que não é visto, ouvido, tocado ou cheirado não existe como fenômeno científico. Segundo eles, o resto é “conversa de carochinha!”. Ai se inclui o desprezo pela intuição, inspiração, criatividade e inteligência universal. Ou, com diria Einstein, como “Deus pensa”.

Inteligência universal é um novo paradigma que procura explicar, através da física quântica comentada por Max Planck e Fritjov Capra, além de Einstein, a existência das sementes da criação e o surgimento da intuição, que nada tem a ver com a racionalidade cartesiana. Tratarei desse tema em outra ocasião. Pretendo desenvolver uma abordagem dessa disciplina aplicável aos negócios.

A história nos oferece exemplos da nossa resistência e dificuldade em aceitar a tendência natural da evolução a partir do nada. São exemplos que ilustram o quanto precisamos evoluir mentalmente para acompanhar a celeridade e progressividade das mudanças, fenômeno dos mais visíveis deste início de século XXI.

Em 18 de abril de 1939, quando alguns técnicos e pesquisadores apresentaram o protótipo de um aparelho de TV, o tradicional e respeitado jornal “The New York Times” ofereceu aos assinantes a seguinte opinião: “A televisão não dará certo... as pessoas terão de ficar olhando sua tela, e a família americana média não tem tempo para isso”. Isso foi há apenas 64 anos. O que é a televisão hoje para a família americana? E para as famílias de todo o mundo? Sem comentários.

Em 1879 um desconhecido de pré-nome Thomas aproveitou a realização de uma exposição em Paris para demonstrar o seu invento. Um conceituado e também respeitado professor da renomada Universidade de Oxford chamado Erasmo Wilson fez o seguinte comentário “Quando a exposição de paris encerrar, ninguém mais ouvirá falar em luz elétrica”. O inventor era Thomas Edison. Como seria o mundo hoje sem a luz elétrica? Que seria da humanidade limitada a ouvir apenas o professor da Oxford?

Quando surgiu o cinema sonoro no ano de 1900 uma publicação especializada chamada Revista American Cinematograph deu a seguinte manchete: “O cinema sonoro é uma novidade ... que durará uma temporada”. O que acham do cinema sonoro hoje?

A postura de cientistas como Einstein, Thomas Edison, e mesmo um Leonardo Da Vinci, tido como dos poucos seres humanos com inteligências múltiplas, são exemplos históricos que devem ser tomados como aprendizado de forma a evitar o atual entorpecimento mental em que bobagem mesmo é a racionalidade científica, o raciocínio mecânico, a rejeição à intuição, sem considerar o atual e ultrapassado método de gerenciar governos, corporações privadas e de educar as novas gerações.

Enquanto não for substituído o paradigma da racionalidade científica que entorpece a intuição, impede a inspiração e bloqueia a criatividade, serão poucos os heréticos ou loucos e os cientistas a abraçarem estudos sobre a mente, a inteligência universal ou existência de um banco de conhecimentos em algum lugar que ainda desconhecemos.

Precisamos mesmo de heréticos e loucos, como os que contribuíram significativamente e de forma expressiva para o progresso da humanidade em todos os campos da ciência e da vida.
Mauro Nunes.

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terça-feira, 11 de janeiro de 2011

As Verdades naturais.

Olá amigos e amigas.
Estive de férias por alguns dias e não escrevi nada,entretanto li bastante.
Entre uma leitura e outra, achei algumas simplicidades de dois filósofos preocupados com as verdades naturais.

As Verdades naturais.
A filosofia de Tomás de Aquino situava-se em um ambiente cultural que tinha olhos apenas para o cristianismo, todo o resto sendo considerado irrelevante. Ele sustentava que não haveria conflito entre aquilo que a filosofia. ou a razão, ensina e aquilo que a revelação cristã, ou a fé, ensina. Cristianismo e filosofia falariam, em geral, da mesma coisa. Com isso ele não quis dizer que a razão poderia afirmar que Deus teria criado o mundo em seis dias, ou que Jesus seria filho de Deus. Só se chega a essas supostas verdades da fé pela crença religiosa. Mas Aquino acreditava na existência de várias "verdades teológicas naturais", com O que ele se referia às verdades que poderiam ser alcançadas ou pela fé cristã ou por nossa razão inata, natural.
Aquino acreditava em dois caminhos que levariam a Deus. Um caminho passa pela fé e pela revelação cristã; o outro, pela razão e pelos sentidos. Desses dois, o caminho da fé e da revelação seria o mais seguro, pois seria mais fácil se perder quando se confia apenas na razão. Para Aquino, não seria necessário haver conflito entre um filósofo como Aristóteles e a doutrina cristã, porque os dois revelariam aspectos da mesma verdade.
Aquino achava que poderia provar a existência de Deus com base na filosofia de Aristóteles. Afinal de contas, reconhecemos, usando a razão, que tudo a nossa volta deve ter uma "causa formal". Para Aristóteles tal causa deveria ser Deus. No entanto, Aristóteles não descreveu Deus com mais detalhes. Para isso é necessário contar unicamente com a Bíblia e com o que se afirma terem sido os ensinamentos de Jesus.
Aquino acreditava que haveria dois caminhos que conduziriam à vida moral. A Bíblia ensinaria como Deus quereria que o ser humano vivesse. Mas Deus também teria dotado o ser humano de uma consciência que permitiria distinguir entre o certo e o errado com uma base "natural". Não é preciso ler qualquer livro sagrado de qualquer religião para saber que é errado prejudicar o próximo, e que devemos "tratar os outros da mesma forma como queremos ser tratados".

A escala da Natureza.
Aristóteles acreditava que a existência de uma escala progressiva da vida, desde plantas e animais até o homem, implicaria um Deus que constituiria uma espécie de existência máxima. Não foi difícil alinhar essa disposição de coisas com a teologia cristã. De acordo com Aquino, haveria graus progressivos de existência a partir das plantas e dos animais até o homem, do homem aos anjos e dos anjos a Deus. O homem. assim como os animais. possui um corpo e órgãos sensoriais, mas o homem também possui uma inteligência que lhe permite raciocinar. Supondo-se a existência de anjos. estes não possuiriam tal corpo com órgãos sensoriais. razão pela qual teriam uma inteligência espontânea e imediata. Os anjos não seriam eternos como Deus. pois teriam sido criados um dia por Ele. mas. como seriam carentes de corpo. jamais morreriam.
Bem acima dos anjos. Deus governaria. Com um único olho coerente. Ele veria e saberia de tudo. Para Deus. o tempo não existiria da mesma maneira que existe para nós. Nosso "agora" não é o mesmo "agora" de Deus. Algumas semanas para nós não significariam necessariamente algumas semanas para Deus.
Abraços,
Wilson Araujo