segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Sucesso Pessoal e Crise

Sucesso Pessoal e Crise
Quando o homem de sucesso se considera um fracasso
Renê Pereira Melo Vasconcellos

Recentes pesquisas realizadas nos EUA revelam uma baixa surpreendente na auto-confiança dos norte-americanos; os resultados apontam para uma constatação nacional que a "prosperidade" sempre crescente é coisa do passado. Por outro lado, os comentadores perguntam estupefatos: Como pode o povo americano ser tão pouco grato à sua boa fortuna?
De fato, falamos de uma nação rica! Este é o país onde há o maior desperdício de alimentos no mundo, são toneladas de comida jogadas no lixo diariamente, montante suficiente para aplacar a fome dos bolsões de miséria de toda a América Latina. Sem falar no alto padrão de vida pessoal, das casas confortáveis, dos carrões que tanto impressionam os "pobres latinos", suscitando comparações com as "nossas carroças". Enfim, um país próspero, que trás a tona a perplexidade dos pobres: afinal porque, o very nice dos americanos sofreu um abalo tão drástico?
Podemos entender um pouco esta questão trilhando a trajetória que orientou o comportamento e escolhas do povo americano, respaldadas em motivações econômicas fortíssimas, e em cujas bases neoliberais se construiu o mundo social daquele país: exemplo seguido pela banda capitalista do mundo. A filosofia neoliberal prega a chamada "religião econômica", da obtenção do sucesso econômico-financeiro a qualquer custo, com um fim determinado que conduziria a "terra prometida" da cultura de consumo.
E o homem americano obediente ao Grande deus-mercado se lançou na aventura do êxito pessoal, lutando para alcançar o sucesso numa sociedade capitalista selvagem, cega pela Cultura da Insensibilidade com traços de caráter marcadamente individualista, privilegiando o TER em detrimento do SER.
Trabalhando e vivendo em função do trabalho, empurrado pela crença do sucesso fundado na carreira e na profissão, o homem americano em sua busca de posição social e de um lugar confortável na cultura de consumo, cultivou um caráter baseado nas leis do mercado: EGO- ísta individualista e pasmem... Infeliz! Depois de galgar altas posições sociais e se confrontar com as regras da nova ordem mundial, este homem inicia um doloroso processo de questionamento quanto a validade da idéia do êxito, em meio a ansiedades e crise de identidade provocando com isto novos dilemas, mas sobretudo se recriando para novas possibilidades de vida genuína.
O caminho de Damasco que o americano médio está percorrendo, demonstra que a idolatria do mercado com suas mistificações fundamentadas na idéia de que a Identidade das pessoas é definida por sua ocupação, cargo ou a posição que ocupa no sistema, começa a cair por terra, pelo menos nos países desenvolvidos. Toda esta discussão serve de alerta ao povo brasileiro massacrado e iludido pelo redemoinho neoliberal que prega resultados, sucesso individual, enfim, a glória sob a égide do império horripilante da lógica da exclusão e da insensibilidade de muitos em relação a ela, já que para que haja privilegiados é necessário que existam as vítimas que são imoladas em sacríficio, que o deus-mercado, nestes tempos de globalização exige aos milhões.
Estas pesquisas1 , também realizadas na Inglaterra , nos revela pessoas que conseguiram tudo o que se dispuseram materialmente e surpreendentemente se encontraram no deserto ao invés da tão propalada "terra prometida" oferecida pelo deus-mercado; e o que é pior, na busca alucinante da glória se depararam com o demônio da auto-destruição. Que no dizer de Horney: "como qualquer outro impulso destrutivo a busca da glória, tem a qualidade da insaciabilidade. Ela deve operar enquanto as forças desconhecidas (para a própria pessoa) a estão impelindo.(...) A busca da glória pode ser como uma obsessão demoníaca, quase como um monstro, engolindo o indivíduo que a criou."
Por suposto, o mundo tem fome, e na medida em que supra suas necessidades inclusive na dimensão espiritual poderá re-direcionar sua trajetória no sentido de uma vida plena, de vida vivida em abundância, onde prevaleça o equilíbrio entre o trabalho, a família e outros elementos essenciais para uma vida genuinamente feliz com uma abertura solidária para o Outro: o excluído social, o sem-teto, o sem-terra, o sem-tudo, o sem-nada!!
1 Ray Pahl, Depois do Sucesso - Ansiedade e Identidade. São Paulo, Unesp, 1997.

Reneé Pereira Melo Vasconcellos é psicóloga, doutora em Ciências Políticas e Sociologia pela Universidade Pontifícia de Salamanca, Espanha

RELÓGIO DO TEMPO

RELÓGIO DO TEMPO- Como remi-lo
Wilson Araujo

Imagine que você tenha corrente em um Banco e a cada manhã você acorda com saldo de R$ 86.400,00, só que não lhe é permitido transferir o saldo ou parte dele para o dia posterior. Todas as noites o seu saldo é zerado, mesmo que você não tenha conseguido gasta-lo durante o dia.
O que você faria?
Acredito que a maioria gastaria cada centavo, é claro! Quem não gostaria de ser cliente desse Banco?
É interessante saber que todos os dias, temos creditados em nossa conta de vida 86.400 segundos. Todas as noites o saldo é debitado como perda. Não nos é permitido acumular este saldo para o dia seguinte.
Isso chama-se T E M P O!
Todas as manhãs a nossa conta do tempo é reiniciada. Todas as noites tudo se vai, assim como: Nossas paixões , nossas neuras, nossas preocupações, nossos desejos, nossas frustrações, nossas vitórias, nossos gritos, nossas traições, etc... Não há volta!
Isso me faz crer que é preciso gastar vivendo no presente o nosso crédito diário, investindo no que for melhor para cada um de nós, e o que seria melhor? O melhor ocorre quando estamos em paz com o mundo e conosco.
Acredito que a melhor forma de torrar esses créditos seria em: Saúde, tempo livre, com a família, com os amigos, em paz com o meio ambiente, com as pessoas, com a boa rotina do trabalho é claro!
O relógio está correndo! Faça o melhor para o seu dia-dia.
Para você perceber o valor de QUATRO ANOS, pergunte para qualquer jogador de futebol que tenha sido eliminado juntamente com seu país em uma Copa do Mundo.
Para você perceber o valor de UM ANO, pergunte a um estudante que perdeu um ano nos estudos.
Para você perceber o valor de UM MÊS, pergunte a uma mãe que esteja no oitavo mês de gestação.
Para você perceber o valor de UMA SEMANA, pergunte a Deus que fez o mundo em seis dias e descansou no sétimo.
Para você perceber o valor de UM DIA, pergunte a algum dos mineiros soterrados no Chile.
Para você perceber o valor de UMA HORA, pergunte aos apaixonados que estão esperando para se encontrar.
Para você perceber o valor de UM MINUTO, pergunte a uma pessoa que perdeu a condução.
Para você perceber o valor de UM SEGUNDO, pergunte a uma pessoa que escapou de um acidente.
Para você perceber o valor de UM MILÉSIMO DE SEGUNDO, pergunte a um piloto de Fórmula 1
É preciso valorizar mais o tempo, cada momento, cada sorriso, cada abraço, cada aperto de mão.
Saber Remir o tempo é fundamental para se viver.
O tempo não espera por ninguém.
“Respondo que ele (O tempo) aprisiona, eu liberto
Que ele (o tempo) adormece as paixões, eu desperto" Nana Caymmi

O tempo passa, ele é soberano em sua forma
O tempo passa, ele é protagonista do viver
Viver não basta, somos soberanos em escolher
Viver não basta, somos protagonistas do querer.

Wilson C. DE Araujo Filho, 13 de julho de 2010.

"A mãe (ou o pai!) que leva o filho para a igreja, não vai buscá-lo na cadeia..."

Dr. Içami Tiba- Médico Psiquiatra

O palestrante é membro eleito do Board of Directors of the International Association of Group Psychotherapy. Conselheiro do Instituto Nacional de Capacitação e Educação para o Trabalho "Via de Acesso". Professor de cursos e workshops no Brasil e no Exterior. Em pesquisa realizada em março de 2004, pelo IBOPE, entre os psicólogos do Conselho Federal de Psicologia, os entrevistados colocaram o Dr. Içami Tiba como terceiro autor de referência e admiração - o primeiro nacional.

1. A educação não pode ser delegada à escola. Aluno é transitório. Filho é para sempre.
2. O quarto não é lugar para fazer criança cumprir castigo. Não se pode castigar com internet, som, tv, etc...
3. Educar significa punir as condutas derivadas de um comportamento errôneo. Queimou índio pataxó, a pena (condenação judicial) deve ser passar o dia todo em hospital de queimados.
4. É preciso confrontar o que o filho conta com a verdade real. Se falar que professor o xingou, tem que ir até a escola e ouvir o outro lado, além das testemunhas.
5. Informação é diferente de conhecimento. O ato de conhecer vem após o ato de ser informado de alguma coisa. Não são todos que conhecem. Conhecer camisinha e não usar significa que não se tem o conhecimento da prevenção que a camisinha proporciona.
6. A autoridade deve ser compartilhada entre os pais. Ambos devem mandar. Não podem sucumbir aos desejos da criança. Criança não quer comer? A mãe não pode alimentá-la. A criança deve aguardar até a próxima refeição que a família fará. A criança não pode alterar as regras da casa. A mãe NÃO PODE interferir nas regras ditadas pelo pai (e nas punições também) e vice-versa. Se o pai determinar que não haverá um passeio, a mãe não pode interferir. Tem que respeitar sob pena de criar um delinquente.
7. Em casa que tem comida, criança não morre de fome . Se ela quiser comer, saberá a hora. E é o adulto quem tem que dizer QUAL É A HORA de se comer e o que comer.
8. A criança deve ser capaz de explicar aos pais a matéria que estudou e na qual será testada. Não pode simplesmente repetir, decorado. Tem que entender.
9. É preciso transmitir aos filhos a ideia de que temos de produzir o máximo que podemos. Isto porque na vida não podemos aceitar a média exigida pelo colégio: não podemos dar 70% de nós, ou seja, não podemos tirar 7,0.
10. As drogas e a gravidez indesejada estão em alta porque os adolescentes estão em busca de prazer. E o prazer é inconsequente.
11. A gravidez é um sucesso biológico e um fracasso sob o ponto de vista sexual.
12. Maconha não produz efeito só quando é utilizada. Quem está são, mas é dependente, agride a mãe para poder sair de casa, para fazer uso da droga . A mãe deve, então, virar as costas e não aceitar as agressões. Não pode ficar discutindo e tentando dissuadi-lo da idéia. Tem que dizer que não conversará com ele e pronto. Deve 'abandoná-lo'.
13. A mãe é incompetente para 'abandonar' o filho. Se soubesse fazê-lo, o filho a respeitaria. Como sabe que a mãe está sempre ali, não a respeita.
14. Se o pai ficar nervoso porque o filho aprontou alguma coisa, não deve alterar a voz. Deve dizer que está nervoso e, por isso, não quer discussão até ficar calmo. A calmaria, deve o pai dizer, virá em 2, 3, 4 dias. Enquanto isso, o videogame, as saídas, a balada, ficarão suspensas, até ele se acalmar e aplicar o devido castigo.
15. Se o filho não aprendeu ganhando, tem que aprender perdendo.
16. Não pode prometer presente pelo sucesso que é sua obrigação. Tirar nota boa é obrigação. Não xingar avós é obrigação. Ser polido é obrigação. Passar no vestibular é obrigação. Se ganhou o carro após o vestibular, ele o perderá se for mal na faculdade.
17. Quem educa filho é pai e mãe. Avós não podem interferir na educação do neto, de maneira alguma. Jamais. Não é cabível palpite. Nunca.
18. Muitas são desequilibradas ou mesmo loucas. Devem ser tratadas. (palavras dele).
19. Se a mãe engolir sapos do filho, ele pensará que a sociedade terá que engolir também.
20. Videogames são um perigo: os pais têm que explicar como é a realidade, mostrar que na vida real não existem 'vidas', e sim uma única vida. Não dá para morrer e reencarnar. Não dá para apostar tudo, apertar o botão e zerar a dívida.
21. Professor tem que ser líder. Inspirar liderança. Não pode apenas bater cartão.
22. Pais e mães não pode se valer do filho por uma inabilidade que eles tenham. 'Filho, digite isso aqui pra mim porque não sei lidar com o computador'. Pais têm que saber usar o Skype, pois no mundo em que a ligação é gratuita pelo Skype, é inconcebível pagarem para falar com o filho que mora longe.
23. O erro mais frequente na educação do filho é colocá-lo no topo da casa. O filho não pode ser a razão de viver de um casal. O filho é um dos elementos. O casal tem que deixá-lo, no máximo, no mesmo nível que eles. A sociedade pagará o preço quando alguém é educado achando-se o centro do universo.
24. Filhos drogados são aqueles que sempre estiveram no topo da família.
25. Cair na conversa do filho é criar um marginal. Filho não pode dar palpite em coisa de adulto. Se ele quiser opinar sobre qual deve ser a geladeira, terá que mostrar qual é o consumo (KWh) da que ele indicar. Se quiser dizer como deve ser a nova casa, tem que dizer quanto isso (seus supostos luxos) incrementará o gasto final.
26. Dinheiro 'a rodo' para o filho é prejudicial. Mesmo que os pais o tenham, precisam controlar e ensinar a gastar.
Frase: "A mãe (ou o pai!) que leva o filho para a igreja, não vai buscá-lo na cadeia..."
Palestra ministrada pelo médico psiquiatra Dr. Içami Tiba, em Curitiba, 23/07/08.

Mistérios da água e o futuro de um recurso escasso

Mistérios da água e o futuro de um recurso escasso
Holly Hubbard Preston
A escassez de água está se tornando um problema de proporções globais. No mês passado(Julho), 2.000 agricultores na Índia foram presos por roubarem água; o governo regional da província espanhola da Catalunha anunciou que importará água por embarcações e trens a partir de maio para ser capaz de atender à demanda do verão; a Comissão de Água de Queensland, na Austrália, impôs aos seus consumidores as restrições mais rígidas até hoje ao consumo de água; e em Atlanta, no Estado da Geórgia, os moradores moveram um processo judicial contra a prefeitura devido aos problemas nas tubulações de água e nos sistema de esgoto da cidade.
Segundo o Instituto Mundial da Água, apenas 2,5% da água de superfície e subterrânea do planeta está acessível para o uso humano. Este recurso finito, mantido pelo ciclo hidrológico da Terra, é utilizado para tudo, desde as redes de água potável até os sistemas de saneamento, da agricultura aos processos industriais. Prejudicadas pelo uso excessivo, poluição e infra-estrutura ineficiente, bem como por fenômenos naturais como secas, as reservas de água para a humanidade estão chegando ao limite.
Em um relatório do mês passado, o banco de investimentos J.P. Morgan advertiu para o risco crescente que a falta de água representa para as companhias. O relatório incluiu dados do Instituto de Recursos Mundiais segundo os quais metade do planeta já enfrenta tensões referente à água, ou a deterioração qualitativa ou quantitativa dos recursos de água doce, ou mesmo a escassez de reservas.
O banco, ecoando numerosas entidades que acompanham essa questão, citou três fatores principais para o desequilíbrio entre oferta e demanda, incluindo o crescimento demográfico, a urbanização e a mudança climática.
Segundo Antoine Frerot, diretor-executivo da Veolia Water, em Paris, todas as tecnologias e processos necessários para resolver o problema diretamente - transformando água de esgotos em água potável - estão disponíveis. "Essas tecnologias já existem. E a água usada está lá onde precisamos dela, rio abaixo, após as cidades. Isso evitaria o uso excessivo de água doce", afirma Frerot.
As prefeituras estão usando água intensamente tratada, recuperada de esgotos, para suplementar as suas reservas, e em alguns casos até para fornecê-la como água potável. Frerot diz que a Veolia construiu e opera uma estação de tratamento de esgoto em Cingapura que recicla água cinzenta, transformando-a em água suficientemente pura para ser bebida, mas que é utilizada pelos fabricantes locais de semicondutores. A empresa conseguiu uma façanha similar em Windhoek, a capital da Namíbia, onde uma usina de reciclagem de água usada fornece água potável a cerca de 250 mil pessoas.
Segundo Frerot, o problema não é uma falta de capacidade, mas sim de interesse. Até recentemente, a preocupação pública com a sustentabilidade das reservas de água era relativamente pequena, a não ser em algumas regiões áridas do globo.
Mas em breve isto poderá mudar. Com base nos atuais níveis de consumo, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) calcula que até 2030, cerca de 47% da população mundial viverá em áreas sujeitas a graves problemas de abastecimento de água. Para a OCDE, cuja sede fica em Paris, a situação representa "um dos maiores desafios ao desenvolvimento humano do início do século 21".
Uma situação desafiadora, mas repleta de oportunidades. No decorrer dos próximos 20 anos os Estados Unidos deverão investir US$ 1,2 trilhão na reparação e modernização da sua infra-estrutura de fornecimento de água.
Steve Albee, da Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos, afirma que esse dinheiro será utilizado para financiar os mais diversos projetos, como aqueles para a recuperação da água de esgotos, a reutilização de usinas de dessalinização e o uso de membranas avançadas para filtragem. "Esse deverá ser um período de mudança drástica na maneira como desempenhamos a nossa missão", afirma Allbee.
Ele diz que, embora as usinas de dessalinização sejam uma parte da equação, os planos de reaproveitamento de água de esgoto oferecidos pela Veolia estão começando a "ser adotados em grande escala" em cidades como Las Vegas e Los Angeles. Comparado às usinas de dessalinização, a reutilização da água requer menos energia e dólares, explica Allbee.
"Nós fazemos isto há mais de 30 anos no norte de Virgínia - sei que é algo que pode ser feito com sucesso", diz ele.
A capacidade do setor para introduzir inovações com uma boa relação entre custo e benefício face a escassez iminente de água também está aumentando o interesse dos investidores. Stephen Hoffmann, economista especializado em recursos aquáticos e co-fundador dos Índices de Água Palisades (índices do mercado de ações elaborados para acompanhar o desempenho das empresas de tratamento e distribuição de água), afirma que "a visibilidade da indústria de água e o interesse por ela estão disparando".
Os índices Palisades acompanham a preocupação global com a água. Segundo Hoffmann, um dos índices aumentou mais de 145% de 2002 ao final do ano passado, e levou à criação de dois fundos de investimento em índice com cotas negociadas, o PowerShares Global Water e o PowerShares Water Resources.
O fato de fundos como esse terem sofrido um declínio de até 10%, após atingirem um pico, quando a demanda por água é tão grande, pode parecer um paradoxo, tendo em vista o aumento do valor da água.
Hoffmann, que atua no setor há mais de 25 anos, e que também administra uma firma de private equity, a WaterTech Capital, atribuiu este desempenho sofrível a um declínio amplo nos mercados globais de equity, o que, segundo ele, interrompeu temporariamente um aumento esperado. Mas ele sustenta que o fenômeno durará pouco tempo.
Hoffman estima que a água gere lucros anuais de US$ 400 bilhões, representando uma das maiores indústrias do planeta.
Segundo ele, um erro comum é alguns investidores iniciantes enxergarem a água como uma commodity semelhante ao petróleo. Embora ambos sejam recursos naturais, não existe nenhum mecanismo padronizado para determinar o preço do metro cúbico de água, ao contrário do que acontece com o barril de petróleo. Como conseqüência, os valores neste mercado muitas vezes têm um teto e variam baseados mais na vontade política do que na escassez, afirma Hoffmann.
Entre os fatores que afetam o preço estão a demanda, o transporte e os custos de tratamento, bem como os subsídios dos preços - que às vezes representam até 40% ou 50% do custo total.
"Se a água fosse uma commodity de verdade, como o petróleo, o preço dela seria mais semelhante ao custo marginal de fornecimento, incluindo a escassez e fatores de ordem ecológica", diz Hoffmann.
Embora algum dia a água possa ser comercializada como petróleo, por ora os especialistas concordam que é mais apropriado vê-la como um investimento de infra-estrutura. Sob esta ótica, os investidores contam com muitas opções que oferecem diversos graus de exposição à demanda global por este recurso.
Esse dinheiro é destinado a um amplo universo de setores preocupados com o abastecimento, que inclui empresas tradicionais de tratamento e distribuição de água, como a United Utilities, do Reino Unido, a Suez, da França, e a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo, no Brasil, bem como várias multinacionais, como a General Electric e a Dow Chemical, ambas com sede nos Estados Unidos.
Os investidores que se aprofundarem nesse setor encontrarão fabricantes de equipamentos de infra-estrutura como a Kurita Water Industries, em Tóquio, e a Geberit, na Suíça, bem como inovadores técnicos menos conhecidos. Neste ramo encontram-se companhias como a Halma, do Reino Unido, que desenvolve sensores capazes de detectar vazamentos em tubulações defeituosas de água e esgoto; a Aqua Dyne, da Austrália, que está comercializando um sistema de purificação de água recentemente adquirido da Global Power & Water dos Estados Unidos; e a H2O Innovation, do Canadá, uma criadora de tecnologias de resíduos ativados e bio-reatores de membrana para tratamento de água e esgoto.
E há ainda companhias integradas como a Veolia e a Hyflux, que ganham dinheiro em vários pontos ao longo da rede de serviços. A Hyflux, com sede em Cingapura, não só constrói e opera estações de tratamento de água, mas também desenvolve tecnologias, incluindo membranas de filtragem essenciais para processos de dessalinização e tratamento de esgoto.
De acordo com Sam Ong, vice-diretor-executivo e diretor de finanças da Hyflux, a empresa já é muito importante na China, onde possui cerca de 40 estações de tratamento. Na semana passada a companhia anunciou ter vencido a licitação para um projeto de dessalinização de água do mar por osmose reversa na Argélia.
A fim de maximizar os lucros gerados por tais concessões, a companhia deu um passo além em dezembro do ano passado, com a oferta pública de ações da Hyflux Water Trust na Bolsa de Valores de Cingapura.
O valor e a disponibilidade de concessões como as que são buscadas pela Hyflux podem crescer exponencialmente devido a dois fatos: medidas reguladoras mais rígidas e um reajuste dos preços.
Executivos da indústria, como Ong, vêem com bons olhos a adoção de medidas reguladoras mais rígidas para a água e o saneamento. Ele cita a China, onde atualmente 70% da água precisa ser tratada e 60% reciclada - algo que, segundo ele, estimula as concessões para novas estações de tratamento.
Quanto às mudanças de preços, após anos de consumo de água altamente subsidiado, prefeituras diversas, em regiões tão distintas como Osaka e Los Angeles, estão cogitando planos para a adoção de preços progressivos para a água e o saneamento. Embora exista uma tendência geral à manutenção do acesso universal aos serviços básicos de tratamento e distribuição de água a custo baixo ou nulo, todos os outros tipos de serviço - seja um sistema de irrigação de jardim doméstico ou de processamento de água para um fabricante de semicondutores - estarão sujeitos a taxas com base na quantidade de água consumida.
Um relatório publicado em março de 2007 pelo Instituto de Políticas da Terra revelou que as taxas municipais referentes à água aumentaram 27% em um período de cinco anos nos Estados Unidos, 32% no Reino Unido, 45% na Austrália, 50% na África do Sul e 58% no Canadá.
Companhias de ações públicas como o grupo Danone da França passaram a utilizar avançados processos de tratamento de água usada alguns anos atrás, como forma de reduzir os níveis de consumo, e, dessa forma, reduzir a sua vulnerabilidade a racionamentos de água potencialmente prejudiciais às suas atividades, enquanto ao mesmo tempo melhoraram a sua imagem corporativa.
De acordo com Jean-Pierre Rennaud, diretor de meio ambiente da Danone, atualmente todas as fábricas da empresa tratam a água que usaram. A companhia, uma grande produtora de laticínios e água engarrafada, já reduziu em 30% o seu consumo de água.
Meena Palaniappan, pesquisador e diretor de projetos do Pacific Institute, um grupo de pesquisas de Oakland, na Califórnia, afirma que os aumentos de preço - embora sejam complicados de se fazer cumprir - estão conquistando amplo apoio entre os elaboradores de políticas públicas, prefeituras e setores industriais. Os aumentos ajudam a cobrir os custos da infra-estrutura e promovem um maior envolvimento da iniciativa privada, além de, ao mesmo tempo, aumentarem a consciência da população em relação ao valor da água.
Citando a recente ruptura de uma tubulação central em Chicago, Palaniappan diz: "A menos que uma tubulação central estoure, as pessoas não pensam muito a respeito da água. É fácil não dar importância a ela, porque atualmente, para obtê-la, é só abrir a torneira".
Tradução: UOL
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quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Ameaça global

[forum_agenda21_vmariana] Ameaça global
De: Wilson Araujo

Divulgação Científica
Ameaça global
29/9/2010
Agência FAPESP – As plantas são tão ameaçadas pelo risco de extinção como os mamíferos, de acordo com uma análise global realizada por instituições europeias. O estudo revelou que uma em cada cinco espécies de plantas no mundo corre risco de extinção.
A Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas de Extinção, com os resultados da análise realizada pelo Royal Botanic Gardens de Kew e pelo Museu de História Natural de Londres, no Reino Unido, e pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês), foi divulgada nesta terça-feira (28/9), na capital inglesa.
O estudo, considerado uma das principais bases para a conservação, revelou a verdadeira extensão da ameaça às plantas do mundo, estimadas em cerca de 380 mil espécies.
Cientistas das três instituições realizaram avaliações a partir de uma amostra representativa de plantas de todo o mundo, em resposta ao Ano Internacional da Biodiversidade das Nações Unidas e às Metas de Biodiversidade – 2010.
Os resultados anunciados deverão ser considerados na Cúpula da Biodiversidade das Nações Unidas, que reunirá governos em meados de outubro em Nagoia, no Japão, com o objetivo de estabelecer novas metas.
O trabalho teve apoio principalmente na ampla base de informações botânicas do Herbário, Biblioteca, Arte e Arquivos de Kew – que inclui cerca de 8 milhões de espécimes preservadas de plantas e fungos –, nos 6 milhões de espécimes do herbário do Museu de História Natural, em dados digitais de outras fontes e nas bases de informação da rede de parceiros dos Royal Botanic Gardens em todo o mundo.
“O estudo confirma o que já suspeitávamos: as plantas estão sob ameaça e a principal causa é a degradação induzida por humanos em seus habitats”, disse Stephen Hopper, diretor dos Royal Botanic Gardens de Kew.
“Pela primeira vez temos um retrato global claro do risco de extinção das plantas mais conhecidas no mundo. Esse relatório mostra as ameaças mais urgentes e indica as regiões mais ameaçadas”, afirmou.
Segundo Hopper, existem questões cruciais para serem respondidas, como qual a velocidade e a causa da perda de espécies e o que pode ser feito com relação a isso.
“Para responder a essas questões, precisamos estabelecer uma base a partir da qual possamos medir as transformações. A Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas de Extinção faz exatamente isso, avaliando uma ampla amostra de espécies vegetais que são coletivamente representativas de todas as plantas do mundo”, disse.
O cientista acrescentou que as Metas de Biodiversidade para 2020, que serão discutidas em Nagoia, são ambiciosas. Mas um aumento de escala nos esforços se faz necessário em um momento de perda pronunciada da biodiversidade. “As plantas são o fundamento da biodiversidade e sua relevância para as incertezas climáticas, econômicas e políticas tem sido negligenciada por muito tempo”, afirmou.
“Não podemos ficar de braços cruzados olhando as espécies vegetais desaparecer – as plantas são a base de toda a vida na Terra, fornecendo ar limpo, água, comida e combustível. A vida de todo animal e ave depende delas, assim como a nossa. Obter as ferramentas e o conhecimento necessários para reverter a perda de biodiversidade é agora mais importante que nunca. A Lista Vermelha dá essa ferramenta aos cientistas e conservacionistas”, destacou.
Alguns dos dados revelados pelo estudo:
• Cerca de um terço das espécies (33%) da amostra é conhecida em grau insuficiente para permitir uma avaliação de conservação. Isso demonstra a escala da tarefa de conservação que será enfrentada por botânicos e cientistas – muitas plantas são tão pouco conhecidas que não é possível saber se estão ou não em perigo.
• De quase 4 mil espécies que foram cuidadosamente avaliadas, mais de um quinto (22%) foi classificado como ameaçado.
• Plantas são mais ameaçadas que aves, tão ameaçadas como mamíferos e menos ameaçadas que anfíbios e corais.
• Gimnospermas – o grupo vegetal que inclui as coníferas – são o grupo mais ameaçado.
• O habitat mais ameaçado são as florestas tropicais, como a Amazônia.
• A maior parte das plantas ameaçadas é encontrada nos trópicos.
• O processo mais ameaçador é a perda de habitat induzida pelo homem, em especial a conversão de habitats naturais para uso da agricultura.

Mais informações: www.kew.org/plants-at-risk

domingo, 19 de setembro de 2010

Socialismo

SOCIALISMO NA SALA DE AULA



Para os que ainda acreditam no socialismo...
Principalmente para todos que apóiam tudo que ai está...
Para os que apóiam a Campanha Nacional pelo Limite da Propriedade da Terra...
Para todos que acham maravilhosos as "Bolsas"...


Mais didático, impossível...
Um professor de economia na universidade Texas Tech disse que ele
nunca reprovou um só aluno antes, mas tinha, uma vez, reprovado uma
classe inteira.

Esta classe em particular tinha insistido que o socialismo realmente
funcionava: ninguém seria pobre e ninguém seria rico, tudo seria
igualitário e 'justo. '

O professor então disse, "Ok, vamos fazer um experimento socialista
nesta classe. Ao invés de dinheiro, usaremos suas notas nas provas."

Todas as notas seriam concedidas com base na média da classe, e
portanto seriam 'justas. ' Isso quis dizer que todos receberiam as
mesmas notas, o que significou que ninguém seria reprovado. Isso
também quis dizer, claro, que ninguém receberia um "A"...

Depois que a média das primeiras provas foram tiradas, todos receberam
"B". Quem estudou com dedicação ficou indignado, mas os alunos que não
se esforçaram ficaram muito felizes com o resultado.

Quando a segunda prova foi aplicada, os preguiçosos estudaram ainda
menos - eles esperavam tirar notas boas de qualquer forma. Aqueles que
tinham estudado bastante no início resolveram que eles também se
aproveitariam do trem da alegria das notas.
Portanto, agindo contra suas tendências, eles copiaram os hábitos dos preguiçosos.
Como um resultado, a segunda média das provas foi "D".

Ninguém gostou.

Depois da terceira prova, a média geral foi um "F".

As notas não voltaram a patamares mais altos mas as desavenças entre
os alunos, buscas por culpados e palavrões passaram a fazer parte da
tmosfera das aulas daquela classe.
A busca por 'justiça' dos alunos tinha sido a principal causa das reclamações,
inimizades e senso de injustiça que passaram a fazer parte daquela turma.
No final das contas, ninguém queria mais estudar para beneficiar o resto da sala.
Portanto, todos os alunos repetiram o ano... Para sua total surpresa.

O professor explicou que o experimento socialista tinha falhado porque
ele foi baseado no menor esforço possível da parte de seus participantes.
Preguiça e mágoas foi seu resultado. Sempre haveria fracasso na
situação a partir da qual o experimento tinha começado.

"Quando a recompensa é grande", ele disse, "o esforço pelo sucesso é
grande, pelo menos para alguns de nós.
Mas quando o governo elimina todas as recompensas ao tirar coisas dos
outros sem seu consentimento para dar a outros que não batalharam por
elas, então o fracasso é inevitável."

"É impossível levar o pobre à prosperidade através de legislações
que punem os ricos pela prosperidade.
Cada pessoa que recebe sem trabalhar, outra pessoa deve trabalhar
sem receber.O governo não pode dar para alguém aquilo que não tira de outro alguém.
Quando metade da população entende a idéia de que não precisa
trabalhar, pois a outra metade da população irá sustentá-la, e quando
esta outra metade entende que não vale mais a pena trabalhar para
sustentar a primeira metade, então chegamos ao começo do fim de uma
nação.
É impossível multiplicar riqueza dividindo-a."

Adrian Rogers, 1931

Socialismo

Assunto: SOCIALISMO NA SALA DE AULA



Para os que ainda acreditam no socialismo...
Principalmente para todos que apóiam tudo que ai está...
Para os que apóiam a Campanha Nacional pelo Limite da Propriedade da Terra...
Para todos que acham maravilhosos as "Bolsas"...


Mais didático, impossível...
Um professor de economia na universidade Texas Tech disse que ele
nunca reprovou um só aluno antes, mas tinha, uma vez, reprovado uma
classe inteira.

Esta classe em particular tinha insistido que o socialismo realmente
funcionava: ninguém seria pobre e ninguém seria rico, tudo seria
igualitário e 'justo. '

O professor então disse, "Ok, vamos fazer um experimento socialista
nesta classe. Ao invés de dinheiro, usaremos suas notas nas provas."

Todas as notas seriam concedidas com base na média da classe, e
portanto seriam 'justas. ' Isso quis dizer que todos receberiam as
mesmas notas, o que significou que ninguém seria reprovado. Isso
também quis dizer, claro, que ninguém receberia um "A"...

Depois que a média das primeiras provas foram tiradas, todos receberam
"B". Quem estudou com dedicação ficou indignado, mas os alunos que não
se esforçaram ficaram muito felizes com o resultado.

Quando a segunda prova foi aplicada, os preguiçosos estudaram ainda
menos - eles esperavam tirar notas boas de qualquer forma. Aqueles que
tinham estudado bastante no início resolveram que eles também se
aproveitariam do trem da alegria das notas.
Portanto, agindo contra suas tendências, eles copiaram os hábitos dos preguiçosos.
Como um resultado, a segunda média das provas foi "D".

Ninguém gostou.

Depois da terceira prova, a média geral foi um "F".

As notas não voltaram a patamares mais altos mas as desavenças entre
os alunos, buscas por culpados e palavrões passaram a fazer parte da
tmosfera das aulas daquela classe.
A busca por 'justiça' dos alunos tinha sido a principal causa das reclamações,
inimizades e senso de injustiça que passaram a fazer parte daquela turma.
No final das contas, ninguém queria mais estudar para beneficiar o resto da sala.
Portanto, todos os alunos repetiram o ano... Para sua total surpresa.

O professor explicou que o experimento socialista tinha falhado porque
ele foi baseado no menor esforço possível da parte de seus participantes.
Preguiça e mágoas foi seu resultado. Sempre haveria fracasso na
situação a partir da qual o experimento tinha começado.

"Quando a recompensa é grande", ele disse, "o esforço pelo sucesso é
grande, pelo menos para alguns de nós.
Mas quando o governo elimina todas as recompensas ao tirar coisas dos
outros sem seu consentimento para dar a outros que não batalharam por
elas, então o fracasso é inevitável."

"É impossível levar o pobre à prosperidade através de legislações
que punem os ricos pela prosperidade.
Cada pessoa que recebe sem trabalhar, outra pessoa deve trabalhar
sem receber.O governo não pode dar para alguém aquilo que não tira de outro alguém.
Quando metade da população entende a idéia de que não precisa
trabalhar, pois a outra metade da população irá sustentá-la, e quando
esta outra metade entende que não vale mais a pena trabalhar para
sustentar a primeira metade, então chegamos ao começo do fim de uma
nação.
É impossível multiplicar riqueza dividindo-a."

Adrian Rogers, 1931






Socialismo na sala de aula

SOCIALISMO NA SALA DE AULA



Para os que ainda acreditam no socialismo...
Principalmente para todos que apóiam tudo que ai está...
Para os que apóiam a Campanha Nacional pelo Limite da Propriedade da Terra...
Para todos que acham maravilhosos as "Bolsas"...


Mais didático, impossível...
Um professor de economia na universidade Texas Tech disse que ele
nunca reprovou um só aluno antes, mas tinha, uma vez, reprovado uma
classe inteira.

Esta classe em particular tinha insistido que o socialismo realmente
funcionava: ninguém seria pobre e ninguém seria rico, tudo seria
igualitário e 'justo. '

O professor então disse, "Ok, vamos fazer um experimento socialista
nesta classe. Ao invés de dinheiro, usaremos suas notas nas provas."

Todas as notas seriam concedidas com base na média da classe, e
portanto seriam 'justas. ' Isso quis dizer que todos receberiam as
mesmas notas, o que significou que ninguém seria reprovado. Isso
também quis dizer, claro, que ninguém receberia um "A"...

Depois que a média das primeiras provas foram tiradas, todos receberam
"B". Quem estudou com dedicação ficou indignado, mas os alunos que não
se esforçaram ficaram muito felizes com o resultado.

Quando a segunda prova foi aplicada, os preguiçosos estudaram ainda
menos - eles esperavam tirar notas boas de qualquer forma. Aqueles que
tinham estudado bastante no início resolveram que eles também se
aproveitariam do trem da alegria das notas.
Portanto, agindo contra suas tendências, eles copiaram os hábitos dos preguiçosos.
Como um resultado, a segunda média das provas foi "D".

Ninguém gostou.

Depois da terceira prova, a média geral foi um "F".

As notas não voltaram a patamares mais altos mas as desavenças entre
os alunos, buscas por culpados e palavrões passaram a fazer parte da
tmosfera das aulas daquela classe.
A busca por 'justiça' dos alunos tinha sido a principal causa das reclamações,
inimizades e senso de injustiça que passaram a fazer parte daquela turma.
No final das contas, ninguém queria mais estudar para beneficiar o resto da sala.
Portanto, todos os alunos repetiram o ano... Para sua total surpresa.

O professor explicou que o experimento socialista tinha falhado porque
ele foi baseado no menor esforço possível da parte de seus participantes.
Preguiça e mágoas foi seu resultado. Sempre haveria fracasso na
situação a partir da qual o experimento tinha começado.

"Quando a recompensa é grande", ele disse, "o esforço pelo sucesso é
grande, pelo menos para alguns de nós.
Mas quando o governo elimina todas as recompensas ao tirar coisas dos
outros sem seu consentimento para dar a outros que não batalharam por
elas, então o fracasso é inevitável."

"É impossível levar o pobre à prosperidade através de legislações
que punem os ricos pela prosperidade.
Cada pessoa que recebe sem trabalhar, outra pessoa deve trabalhar
sem receber.O governo não pode dar para alguém aquilo que não tira de outro alguém.
Quando metade da população entende a idéia de que não precisa
trabalhar, pois a outra metade da população irá sustentá-la, e quando
esta outra metade entende que não vale mais a pena trabalhar para
sustentar a primeira metade, então chegamos ao começo do fim de uma
nação.
É impossível multiplicar riqueza dividindo-a."

Adrian Rogers, 1931

sábado, 18 de setembro de 2010

Sucesso Pessoal e Crise

Sucesso Pessoal e Crise
Quando o homem de sucesso se considera um fracasso
Renê Pereira Melo Vasconcellos

Recentes pesquisas realizadas nos EUA revelam uma baixa surpreendente na auto-confiança dos norte-americanos; os resultados apontam para uma constatação nacional que a "prosperidade" sempre crescente é coisa do passado. Por outro lado, os comentadores perguntam estupefatos: Como pode o povo americano ser tão pouco grato à sua boa fortuna?
De fato, falamos de uma nação rica! Este é o país onde há o maior desperdício de alimentos no mundo, são toneladas de comida jogadas no lixo diariamente, montante suficiente para aplacar a fome dos bolsões de miséria de toda a América Latina. Sem falar no alto padrão de vida pessoal, das casas confortáveis, dos carrões que tanto impressionam os "pobres latinos", suscitando comparações com as "nossas carroças". Enfim, um país próspero, que trás a tona a perplexidade dos pobres: afinal porque, o very nice dos americanos sofreu um abalo tão drástico?
Podemos entender um pouco esta questão trilhando a trajetória que orientou o comportamento e escolhas do povo americano, respaldadas em motivações econômicas fortíssimas, e em cujas bases neoliberais se construiu o mundo social daquele país: exemplo seguido pela banda capitalista do mundo. A filosofia neoliberal prega a chamada "religião econômica", da obtenção do sucesso econômico-financeiro a qualquer custo, com um fim determinado que conduziria a "terra prometida" da cultura de consumo.
E o homem americano obediente ao Grande deus-mercado se lançou na aventura do êxito pessoal, lutando para alcançar o sucesso numa sociedade capitalista selvagem, cega pela Cultura da Insensibilidade com traços de caráter marcadamente individualista, privilegiando o TER em detrimento do SER.
Trabalhando e vivendo em função do trabalho, empurrado pela crença do sucesso fundado na carreira e na profissão, o homem americano em sua busca de posição social e de um lugar confortável na cultura de consumo, cultivou um caráter baseado nas leis do mercado: EGO- ísta individualista e pasmem... Infeliz! Depois de galgar altas posições sociais e se confrontar com as regras da nova ordem mundial, este homem inicia um doloroso processo de questionamento quanto a validade da idéia do êxito, em meio a ansiedades e crise de identidade provocando com isto novos dilemas, mas sobretudo se recriando para novas possibilidades de vida genuína.
O caminho de Damasco que o americano médio está percorrendo, demonstra que a idolatria do mercado com suas mistificações fundamentadas na idéia de que a Identidade das pessoas é definida por sua ocupação, cargo ou a posição que ocupa no sistema, começa a cair por terra, pelo menos nos países desenvolvidos. Toda esta discussão serve de alerta ao povo brasileiro massacrado e iludido pelo redemoinho neoliberal que prega resultados, sucesso individual, enfim, a glória sob a égide do império horripilante da lógica da exclusão e da insensibilidade de muitos em relação a ela, já que para que haja privilegiados é necessário que existam as vítimas que são imoladas em sacríficio, que o deus-mercado, nestes tempos de globalização exige aos milhões.
Estas pesquisas1 , também realizadas na Inglaterra , nos revela pessoas que conseguiram tudo o que se dispuseram materialmente e surpreendentemente se encontraram no deserto ao invés da tão propalada "terra prometida" oferecida pelo deus-mercado; e o que é pior, na busca alucinante da glória se depararam com o demônio da auto-destruição. Que no dizer de Horney: "como qualquer outro impulso destrutivo a busca da glória, tem a qualidade da insaciabilidade. Ela deve operar enquanto as forças desconhecidas (para a própria pessoa) a estão impelindo.(...) A busca da glória pode ser como uma obsessão demoníaca, quase como um monstro, engolindo o indivíduo que a criou."
Por suposto, o mundo tem fome, e na medida em que supra suas necessidades inclusive na dimensão espiritual poderá re-direcionar sua trajetória no sentido de uma vida plena, de vida vivida em abundância, onde prevaleça o equilíbrio entre o trabalho, a família e outros elementos essenciais para uma vida genuinamente feliz com uma abertura solidária para o Outro: o excluído social, o sem-teto, o sem-terra, o sem-tudo, o sem-nada!!
1 Ray Pahl, Depois do Sucesso - Ansiedade e Identidade. São Paulo, Unesp, 1997.

Reneé Pereira Melo Vasconcellos é psicóloga, doutora em Ciências Políticas e Sociologia pela Universidade Pontifícia de Salamanca, Espanha

Longevidade Não é Doença

VALE A PENA LER.
O OUTRO LADO DA MOEDA, OU O PONTO DE VISTA DAS SEGURADORAS, MAS DE QUALQUER FORMA É PREOCUPANTE.
Longevidade Não é Doença: Uma Estratégia Para o Seguro Saúde, por Stephen Kanitz

Os custos médicos e de saúde estão aumentando assustadoramente no mundo todo. Nos Estados Unidos crescem 15% ao ano e já correspondem a 15% do produto interno bruto (PIB). Um dia, a porcentagem será a mesma no Brasil.
Isso não significa que os médicos ganharão mais com este crescimento. Médicos que já recebem mal receberão cada vez menos e terão problemas cada vez mais difíceis em suas mãos para resolver.
Os honorários médicos representam cada vez mais uma parcela menor do custo de medicina. O grosso dos dispêndios vai para hospitais, medicamentos, exames clínicos, serviços de enfermagens e seguros contra erros médicos. Culpar as empresas de seguro-saúde ou o governo por essa situação é não entender corretamente o problema.
E por não entender o problema, a maioria das medidas tem sido no sentido de manter uma constante pressão para redução de custos, o que só piora a situação. NINGUÉM está ganhando dinheiro nesta área crítica para o futuro da humanidade, diferentemente do que os muitos formadores de opinião acreditam. O cerne do problema é o conceito de seguro-saúde.
Seguro-saúde, seja governamental ou privado, não tem o mesmo sentido de antigamente, com os contínuos avanços da medicina. Antes, a maioria das doenças era incurável, por isso 50% dos custos médicos eram gastos nos últimos dois anos de vida, que era para custear a grande "encrenca" final e incurável. Na época, seguro-saúde significava poupar ao longo da vida para poder pagar pela doença.
Os avanços na medicina mudaram essa lógica do seguro-saúde. Hoje, 80% de toda a população conseguem safar-se das chamadas doenças sérias, caras e de longo tratamento como as oncológicas e as cardíacas. Ou seja, não haverá seguro-saúde que aguentará sucessivas doenças sérias e caras, mas que agora salvam o cliente/paciente. O famoso cálculo atuarial, onde todos pagam pelos tratamentos caríssimos de alguns, não vale mais. Todos nós teremos eventualmente um tratamento desse porte.
O problema que as empresas de seguro hoje em dia enfrentam, é que longevidade não é uma doença. A deterioração natural do corpo humano não é uma enfermidade passível de seguro, nem curável.
E quando se trata de postergar essa deterioração não estamos mais comprando saúde, e sim longevidade.
Longevidade e seguro-saúde são dois conceitos diferentes, e as empresas de seguro-saúde não serão obrigadas no futuro a nos garantir longevidade; algo que vem ocorrendo hoje.
Não estou sugerindo o fim do setor de seguro-saúde, mas, sim, alertando o consumidor e segurado que existe um novo componente na equação que não está sendo contemplado. Ou seja, a distinção entre garantir saúde para todo mundo e garantir longevidade para todos.
Na questão de longevidade, os gastos médicos são infinitos, diferentemente das doenças que são finitas e até há pouco tempo calculáveis por técnicas atuariais.
Quem quiser viver até os 80 anos simplesmente terá de pagar os exames preventivos necessários, tomar os remédios adequados e arcar com os gastos decorrentes. Nada mal nesse conceito, contanto que todos tenham sido corretamente avisados, permitindo uma poupança para a saúde adequada. Quem quiser viver até os 90 anos provavelmente terá de poupar mais nos anos produtivos, digamos em torno de R$ 150.000,00.
Decidir quanto dinheiro você está disposto a gastar para aumentar sua própria vida não é mais uma decisão de saúde nem uma questão médica, é uma questão financeira: o quanto você quer gastar do seu patrimônio ou do patrimônio social da coletividade para continuar vivo.
Infelizmente, ou felizmente, o Estado não pode nem tem os recursos para cuidar da longevidade de todos ao limite máximo que todos nós desejaríamos. Quem terá que decidir isso é você e sua família, não o Ministério da Saúde ou o plano de saúde.
Várias pessoas, preocupadas com a situação, já discutiram com seus médicos um limite fixo nesses gastos, para não comprometer as finanças da família num coma prolongado, por exemplo. Curiosamente, nem temos legislação que permita fazer isso.
No fundo precisamos definir bem claramente nos contratos de seguro-saúde o que é de fato saúde e o que é de fato compra de longevidade. Não é uma tarefa simples, mas também não é algo que possamos deixar de lado.
Se o governo não definir essa questão terá diante de si uma classe média que exigirá esses direitos adquiridos ilimitados, bem como teremos dezenas de companhias de seguro falidas sem condições de honrá-los.
Precisamos evitar os erros que outros países já cometeram, como nos Estados Unidos, que têm um Medical care com passivo superior a 20 trilhões de dólares, que a nova geração terá de pagar, e que a nova geração da Grécia já está rebelando-se para não pagar, e com razão.
Isso será uma mudança brutal de concepção e de expectativa em termos de saúde que exigirá uma enorme campanha educacional, e uma enorme mudança cultural em que clientes e pacientes terão de se conscientizar de que não poderão esperar que tenham assistência médica para combater a natural deterioração do corpo humano. Saúde é um direito constitucional, mas a longevidade não é. Longevidade é uma obrigação, não um direito.
Quando um consumidor compra uma viagem para a Disney, será que ele está sabendo que aquele dinheiro poderia lhe comprar cinco anos de vida? Ninguém nos avisou, e por quê?
Se deixarmos claro que degeneração do corpo é um problema caríssimo de se resolver, a população terá mais preocupação médica, com mais respeito aos problemas como fumo, sedentarismo e obesidade que contribuem no processo de degeneração.
Caso contrário, teremos uma conta impagável, ou pior, teremos empresários ou governos decidindo quem vai viver e quem vai morrer. Algo inadmissível numa democracia e num estado de direito.

Amigos

AMIGOS
Vinicius de Moraes

Tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos.
Não percebem o amor que lhes devoto e a absoluta necessidade que tenho
deles.
A amizade é um sentimento mais nobre do que o amor,
eis que permite que o objeto dela se divida em outros afetos,
enquanto o amor tem intrínseco o ciúme, que não admite a rivalidade.
E eu poderia suportar, embora não sem dor,
que tivessem desaparecidos todos os meus amores,
mas enlouqueceria se desaparecessem todos os meus amigos!
Até mesmo aqueles que não percebem o quanto são meus amigos
e o quanto minha vida depende de suas existências ...
A alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem.
Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida.
Mas, porque não os procuro com assiduidade,
não posso lhes dizer o quanto gosto deles.
Eles não iriam acreditar.
Muitos deles estão lendo esta crônica e não sabem
que estão incluídos na sagrada relação de meus amigos.
Mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro,
embora não declare e não os procure.
E às vezes, quando os procuro,
noto que eles não tem noção de como me são necessários,
de como são indispensáveis ao meu equilíbrio vital,
porque eles fazem parte do mundo que eu, tremulamente construí,
e se tornaram alicerces do meu encanto pela vida.
Se um deles morrer, eu ficarei torto para um lado.
Se todos eles morrerem, eu desabo!
Por isso é que, sem que eles saibam, eu rezo pela vida deles.
E me envergonho, porque essa minha prece é, em síntese,
dirigida ao meu bem estar.
Ela é, talvez, fruto do meu egoísmo.
Por vezes, mergulho em pensamentos sobre alguns deles.
Quando viajo e fico diante de lugares maravilhosos,
cai-me alguma lágrima por não estarem junto de mim,
compartilhando daquele prazer ...
Se alguma coisa me consome e me envelhece
é que a roda furiosa da vida não me permite ter sempre ao meu lado,
morando comigo, andando comigo, falando comigo, vivendo comigo,
todos os meus amigos, e, principalmente,
os que só desconfiam ou talvez nunca vão saber que são meus amigos!

A gente não faz amigos, reconhece-os.

Haverá vida fora do Google?


Haverá vida fora do Google?
15 de setembro de 2010 21h50
Ethevaldo Siqueira
O texto abaixo é um resumo jornalístico da palestra proferida no dia 7 de setembro pelo presidente do Google, Eric Schmidt, keynote speaker da IFA 2010, em Berlim.
Em sua fase inicial, a internet mostrava o quanto o computador poderia fazer por todos nós. Hoje penso um pouco diferente, pois o celular – em especial o smartphone – multiplicou por um bilhão o poder do computador.
O que aconteceu após a explosão da telefonia celular no mundo foi tão impressionante que eu passei a considerar a mobilidade em primeiro lugar. Sim, mobility, first. A expansão da internet – e, por consequência a expansão do Google – não tem ocorrido por causa dos computadores, mas porque os celulares mais avançados, os smartphones de hoje, já são tão poderosos quanto os verdadeiros computadores. E funcionam como terminais remotos conectados a supercomputadores.
O que chamamos de cloud computing equivale, na prática, a um imenso supercomputador. E graças aos smartphones, a informação, o vídeo ou a música estão disponíveis para milhões. A informação e o entretenimento estão diante de cada um de nós, ao alcance de nossa mão.
Países desenvolvidos como a Alemanha já experimentam o que eu chamo de conectividade pervasiva. Imaginem, agora, o que significará a próxima geração de celulares, com a tecnologia LTE (Long Term Evolution ou Evolução de Longo Prazo), a 50 Megabits/segundo. No passado, eu sonhava com 1 Mbps, que chegou. De lá para cá, nunca mais fiquei satisfeito. Mas daqui a pouco vamos ter 50 Mbps. Com 50 Mbps, teremos vídeo, real-time streaming, Video on Demand (VoD), download de muita imagem e som.
Não se trata apenas de um salto causado pelos smartphones. Nem só pelas redes. Nem só pelas informações que estão por trás de tudo. É muito mais, porque resulta da soma de tudo isso, da ação simultânea das empresas, dos smartphones, das redes de banda larga e da massa descomunal de informações armazenadas num conjunto de supercomputadores.
A rede gigantesca
A internet alcançou dimensões incríveis. Expandiu-se tanto pelo mundo que hoje chega a conectar mais de 35 bilhões de dispositivos ou aparelhos de todos os tipos, como celulares inteligentes, laptops, desktops, televisores, equipamentos instalados residências, empresas e em carros.
Nosso principal terminal acesso ao supercomputador ou à nuvem é o smartphone. Ele é uma espécie de computador de mão, que envia perguntas e pedidos de informações ao supercomputador. Este, por sua vez, manda de volta a resposta ao nosso pedido, com texto, foto, música ou um vídeo.
Caminhando aqui em Berlim, resolvi ir à catedral católica de St. Hedwig, apontei o smartphone para a igreja e obtive todas as informações sobre essa catedral, que ela foi iniciada no século 15 e terminada em 1905 e muito mais.
Posso fazer isso em outras grandes cidades da Europa, e de outros continentes. O que vivi aqui em Berlim é uma incrível experiência. Acho até que é uma forma de inteligência artificial. E esse é um campo em que os computadores têm um grande desempenho.
O mundo ao alcance da mão
Os aspectos humanos desse cenário já eram pressentidos há alguns anos. Lembro-me de Bill Gates predizer em 1999, numa Comdex, que teríamos no futuro empresas de computação (como o Google), que nos permitiriam ter toda informação do mundo na ponta de nossos dedos, ao alcance de cada ser humano. Exatamente o que está acontecendo agora.
Não é algo fantástico? Hoje podemos saber praticamente tudo. Qualquer coisa que você precisa saber está disponível, aqui e agora. Essa é a grande mudança. Pense no que significa isso: podemos ouvir, falar e pensar sobre qualquer assunto ou ponto do conhecimento. E tudo isso é, em última instância, resultado da sinergia e da combinação de dispositivos móveis, de redes e de supercomputadores.
O Google quer ser um auxiliar de todo ser humano, para ajudá-lo a fazer as coisas mais rapidamente, porque o tempo é precioso, vale muito. Time matters.
Fazemos centenas de melhorias nos processos de busca a cada ano. Vocês, usuários, vão conhecendo e usando tudo isso, gradativamente. Vão descobrindo novos caminhos, como a tradução automática de textos e de voz. E sabemos que a pesquisa de informação, a busca, é uma necessidade pessoal, de cada usuário, seja para completar um texto, para enviar um e-mail, para localizar uma personalidade histórica, para saber o que está acontecendo em determinado setor da economia ou da cultura.

O que vem por aí
A próxima etapa é a busca automática. O smartphone, que é, na prática, o computador que está em meu bolso, sabe que estou em Berlim e já me dá um conjunto básico de informações úteis, me passa coisas que eu, possivelmente, não saiba mas que precisaria saber.
Outro aspecto da busca é nos dar o que realmente importa. Como, por exemplo, saber como está o tempo, se vai chover ou fazer sol, frio ou calor. A busca precisa, cada vez mais, focalizar naquilo que as pessoas, realmente, querem ou precisam fazer. Ou estão interessadas em saber. O Google quer ser essa ponte entre as pessoas.
Uma de cada três questões propostas nos smartphones se referem ao lugar onde estou, ao meu entorno, à minha localização, a coisas ou pessoas que estão próximas de mim. Por todas essas utilidades e aplicações, é que os celulares se expandem numa velocidade superior a qualquer outra produto ou serviço no mundo.

A força do Android
Vocês sabiam que, a cada dia, são ativados 200 mil smartphones com o sistema operacional Android? E não se trata de apenas um modelo de telefone celular ou dispositivo. Já são mais de 60 aparelhos, 59 operadoras em 49 países.
Vejam o caso do YouTube. É um fenômeno mundial de popularidade, que alcança 2 bilhões de visitas por dia. E mais: a cada minuto são postadas 24 horas de vídeo no YouTube.
Neste ponto de sua palestra, Eric Schmidt chamou dois de seus especialistas para demonstrações. O primeiro foi Hugo Barra, diretor do Google. No palco, ele faz uma demonstração de reconhecimento de voz com seu smartphone.
Mais surpreendente ainda é o novo serviço de busca musical por reconhecimento de voz. Hugo Barra pede a seu smartphone que toque uma música (Just Dance) de Lady Gaga. Em segundos, a música está sendo ouvida no celular.
Outra aplicação de grande utilidade que também utiliza o reconhecimento e o comando de voz é a da ligação automática, demonstrada por Barra, ao pedir ao seu celular: “Chame o Hotel Grand Hyatt, em Berlim”. Em segundos, o hotel atende.
Por fim, a demonstração de tradução automática de uma conversa entre um turista e um lojista – cada um deles falando apenas a sua língua-mãe, alemão ou inglês. Tudo funciona perfeitamente.
A segunda pessoa a ser chamada ao palco para fazer demonstrações foi a gerente de marketing de produto do Google, Brittany Bohneh, que deu mais informações sobre a Google TV, a televisão conectada que será lançada até o final do ano nos Estados Unidos.
A Google TV é uma plataforma de software, formada por um set-top box da Logitech, um televisor Sony com Blu-ray player e uma Dish box.
É um dos melhores exemplos de associação entre a internet e a televisão. Entre seus recursos, ela permite a busca de filmes e shows, oferecendo ao usuário a possibilidade de assistir a esses programas de TV paga ou pela web. A Google TV vai mais longe, entretanto, permitindo que o telespectador possa assistir a vídeos com o recurso do Flash, ter acesso a notícias, enviar e-mails e personalizar sua tela inicial com seus canais e sites favoritos.
Ferramentas mágicas
Após as demonstrações, Eric Schmidt retoma sua apresentação. “O que acabamos ver aqui era ficção científica há poucos anos. Aliás, a própria web já produziu o que eu chamo de internet disruption.
A internet abre tudo, escancara tudo, mostra os players, seus concorrentes, os preços, as ofertas, as opiniões positivas ou negativas, a avaliação de clientes e competidores, as queixas, os elogios.
Nesse sentido, a internet assusta os grupos dominantes (incumbentes). Um produto de um concorrente relativamente pequeno pode alcançar a visibilidade de 1 bilhão de pessoas. E a cada dia mais pessoas estão desejando e precisando dessas informações.
Uma idade de ouro
Essa ação disruptiva (avassaladora) da internet e seus benefícios –ao mesmo tempo destruidores e criativos – vão continuar. Eu afirmo, no entanto, que estamos vivendo a véspera de uma espécie de Idade de Ouro.
Por que uso essa expressão? Porque essa Golden Age traz inovações formidáveis – verdadeiros breakthroughs. As ciências da computação estão acelerando o conhecimento e a disciplina humana. Isso não significa que os cientistas e a população não tenham preocupações e problemas sérios: como o aquecimento global, terrorismo, a falta de transparência financeira – que são, fundamentalmente, problemas de informação.
Imaginem agora um futuro bem próximo. Em breve, vocês não se esquecerão de nada. Ou, por outras palavras: vocês não terão que lembrar-se de nada. Por quê? Porque o computador relembrará vocês de tudo.
Hoje ninguém se perde, mesmo estando num local ou país totalmente desconhecido. Você sempre pode saber exatamente onde está, que caminhos seguir para chegar a um destino, numa cidade ou país estranho.
Tudo em todas as línguas
Graças às telecomunicações e às novas tecnologias digitais, assistimos a uma verdadeira explosão de telemetria em tempo real. Ela é, também, resultado de uma fantástica disponibilidade de informação, de terabytes e mais terabytes.
As informações sobre o planeta – Google Earth e Google Maps – colocam hoje o máximo de informações sobre a Terra ao alcance de qualquer pessoa em qualquer língua. Há pessoas que gostam mais do Google Earth. E isso tem sentido, porque se trata de nosso planeta, nosso único planeta. Outras gostam mais do Google Maps.
Diante dessa explosão do conteúdo, dessa avalanche de informação, muita gente se pergunta: que devo fazer, ou melhor, o que estou fazendo?
Minha resposta: faça o que é mais relevante. Selecione o que, realmente, vale a pena ver ou fazer. Em lugar de desperdiçar seu tempo vendo TV, desperdice-o navegando na internet, onde vocês têm muito maior variedade de assuntos.
A boa notícia é que a internet não interessa apenas nem diz respeito exclusivamente ao futuro das elites. Essa tecnologia se tornará acessível a cada pessoa, a cada habitante deste planeta. O número de internautas já ultrapassa 1 bilhão de pessoas. Em menos de cinco anos, calculo, serão 3 ou 4 bilhões. Isso é uma mudança tremenda, em termos de acesso à informação.
Esse é o futuro que interessa de perto ao Google. E, é claro, interessa ainda mais às pessoas, porque diz respeito à sua informação, ao seu conhecimento, às suas intuições, aos seus sentimentos, às suas ideias. Essa internet do futuro, estou certo, falará ou cuidará cada vez mais acerca de pessoas, da sociedade, dos problemas humanos.


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domingo, 8 de agosto de 2010

Curiosidades da Bíblia Sagrada

•A palavra Bíblia vem do grego, através do latim, e significa: livros।
•A Bíblia inteira foi escrita num período que abrange mais de 1600 anos.
•É uma obra de cerca de 40 autores, das mais variadas profissões: de humildes agricultores, pescadores até renomados reis.
•Número Total de livros da Bíblia: 66 livros.
•39 no Antigo Testamento, 27 no Novo Testamento.
•66, 39 e 27 são todos múltiplos de 3, o número da perfeição.
•O Velho Testamento é cerca de três vezes e meia maior do que o Novo Testamento.
•Os livros de história cobrem metade do Velho Testamento.
•Os livros de poesia cobrem um quinto do Velho Testamento.
•Os Evangelhos ocupam quase a metade do Novo Testamento.
O Pentateuco (os primeiros cinco livros escritos por Moisés) é quase do tamanho do Novo Testamento.
• O Antigo Testamento foi escrito em hebraico, com exceção de algumas passagens em Esdras, Jeremias e Daniel que foram escritas em aramaico.
• O Novo Testamento foi originalmente escrito em Grego.
• A Bíblia já foi traduzida por mais de 1500 línguas e dialetos.
• No ano de 1250 o cardeal Caro dividiu a Bíblia em capítulos, que foram divididos em versículos no ano de 1550, por Robert Stevens.
• No ano de 1250 o cardeal Caro dividiu a Bíblia em capítulos, que foram divididos em versículos no ano de 1550, por Robert Stevens.
• A Bíblia contém 1189 capítulos e 31102 versículos.
• Há 3573 promessas na Bíblia.
• O livro de Isaías assemelha-se a uma pequena Bíblia: contém 66 capítulos; os primeiros 39 falam da história passada, e os 27 restantes apresentam promessas do futuro.
• A única idade de mulher que se menciona na Bíblia é a de Sara (Gên. 23:1)
• A primeira cirurgia foi realizada por Deus, quando tirou uma costela de Adão. (Gên. 2:21,22)
• Além de Jesus, Elias e Moisés foram os únicos homens que jejuaram 40 dias e 40 noites. (I Reis 19:8 e Deut. 9:9)
• O Livro mais antigo da Bíblia não é o Gênesis, mas Jô. Acredita-se que foi escrito por Moisés, quando esteve no deserto.
• O último livro da Bíblia a ser escrito foi III São João.
• O livro maior é o dos Salmos, com 150 capítulos.
• O livro menor é III João.
• O capítulo maior é Salmos 119.
• O capítulo menor é salmos 117.
• O capítulo 37 de Isaías e o 19 de II Reis são iguais.
• Foram usados três idiomas em sua confecção: Hebraico, grego e aramaico.
• Foi escrita em aproximadamente 1600 anos, por uns 40 autores e contém 66 livros.
• A Palavra SENHOR é encontrada na Bíblia 1853 vezes e REVERENDO 1 vez no Salmo 111:9.
• O verso maior é Ester 8:9.
• O verso menor é Êxodo 20:13.
• O verso central é Salmos 118:8.
• Texto áureo da Bíblia: João 3:16


Curiosidades Bíblicas - Você Sabia?
1. Quais os livros da Bíblia que tem apenas 1 capítulo?
R: Obadias, Filemom, II João, III João e Judas.

2. Quais os livros da Bíblia que terminam com um ponto de interrogação?
R: Lamentações, Jonas e Naum.

3. Qual o maior livro da Bíblia?
R: Salmos (possui 150 capítulos).

4. Qual o menor capítulo da Bíblia?
R: Salmo 117 (possui 2 versículos).

5. Qual o maior capítulo da Bíblia?
R: Salmo 119 (possui 176 versículos).

7. Qual o menor versículo da Bíblia?
R: Jó 3:2 (possui 07 letras).

8. Qual o maior versículo da Bíblia?
R: Ester 8:9 (possui 415 caracteres).

9. Quantas palavras a Bíblia contêm aproximadamente?
R: 773.693 palavras.

10. Quantas letras a Bíblia contêm aproximadamente?
R: 3.566.480 letras.

11. Quantos capítulos e quantos versículos a Bíblia possui?
R: 1.189 capitulos e 31.102 versículos.

12. Quem era rei e sacerdote ao mesmo tempo?
R: Melquisedeque. Gênesis 14:18.

13. Qual é a única mulher cuja idade é mencionada na Bíblia?
R: Sara. Gênesis 23:1.

14. Onde lemos na Bíblia de camelos se ajoelhando?
R: Gênesis 24:11.

15. Onde se lê na Bíblia que os israelitas foram advertidos para obedecerem a um Anjo?
R: Êxodo 23-20,21.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Regulamento Sanitário Internacional

Novo Regulamento Sanitário Internacional

O novo Regulamento Sanitário Internacional (RSI). O documento, aprovado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em 2005, estabelece compromissos e responsabilidades para que os países invistam em proteção, promoção e controle, com o intuito de dar uma resposta da saúde pública frente à ameaça de disseminação internacional de doenças, e evitar interferências desnecessárias no tráfego e comércio internacional.

Entre as principais novidades está a ampliação das doenças cuja notificação é obrigatória. Enquanto a legislação anterior, de 1969, restringia a notificação a cólera, peste e febre amarela, o novo RSI amplia para todo evento que possa constituir uma emergência de saúde pública de importância internacional, como danos causados por agentes químicos, materiais radioativos e alimentos contaminados.

A Anvisa, em conjunto com o Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS) do Ministério da Saúde, já vem adequando suas ações ao regulamento. O desenvolvimento do novo Certificado Internacional de Vacinação e Profilaxia e a criação do Sistema de Informação para Orientação de Viajantes são algumas das atividades já em andamento.

As ações incluem, ainda, a participação na elaboração do Plano Brasileiro de Preparação para uma Pandemia de Influenza, a aplicação de instrumentos para identificar e avaliar as capacidades básicas em portos, aeroportos e passagens de fronteira e a revisão da legislação sanitária vigente.
O Regulamento Sanitário Internacional – RSI (2005), entrou em vigor em 15 de junho de 2007. Todos os Estados Membros da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS/OMS) entraram em acordo em 2005 para adotá-lo.
Fonte Assessoria de imprensa da Anvisa Tags:


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segunda-feira, 15 de março de 2010

Onde está o prazer?

Ir à lua, atingir planetas, reproduzir imagens(retratos), tecer, fiar, ouvir e ter o direito de ser ouvido, ouvir à distância, grafar, enviar imagens e sons à distância; viver, andar, caminhar no mar, sobre as águas, no fundo da terra e dos mares, das águas, dar o coração, dar os olhos, dar os orgãos, prolongar a vida, enviar pessoas congeladas através dos séculos, criar a religião e as artes como forma de eternizar-se, dominar a natureza, influenciar nos seus fenômenos, fazer chover, dividir o indivisível, as fantasias, a imaginação a tudo nascendo do inconsciente do povo nas ingenuidades dos contos das avós, fazedoras de sonhos e lendas, ter saudades, procurar as estrêlas em outra cidade não poluida, ver o vento mudar, a chuva parar e ...chorar e chorar e chorar e ...
Autoria: Wilson C. de Araújo Filho

Bandidos e malfeitores

Os bandidos, os malfeitores, possuem uma identidade, um sinal característico para prevalecerem face a uma sociedade que lhes tem que ser por natureza, adversa, para a qual se tornam inaceitáveis, que lhes é perfeitamente contrária, hostíl, de algum modo perigosa, de maneira que não se pedem permir erros, pois sua inconsistência comunal lhes poderia significar extinção, sem possibilidade de soerguimento, o que se nos afigura inverdade, pois seria também o fim do sistema social nos seus aspectos perfeitamente institucionais que impõem a existência secular do Ministério da Justiça e dos departamentos de polícia, que subsistem pela existência de criminosos, ou estabeleceremos a anarquia política no mais perfeito sentido técnico etmológica político do termo, necessário dizer-se, o reconhecimento de todos havermos atingido à perfeição.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010